quarta-feira, 19 de setembro de 2007

CRÓNICAS DE OPINIÃO DA RÁDIO DIANA/FM

Transcrição da crónica diária transmitida aos microfones da RÁDIO DIANA/FM

Crónica de Hélder Rebocho

quarta-feira, 19 Setembro 2007
A segurança dos cidadãos deve constituir uma prioridade de todos os Governos, em particular daqueles que têm entre mãos a tarefa de gerir um estado de direito democrático.
Falar hoje deste tema em Portugal causa alguma apreensão e conduz necessariamente ao debate em torno da dialéctica criminalidade / segurança.
Novas realidades como a toxicodependência, a imigração, o desemprego generalizado e a criminalidade organizada, estão na origem de fenómenos recentes de violência, como o arrastão na praia de Carcavelos, o assassínio do empresário Portuense ou o assalto ao museu do ouro e outros episódios não menos preocupantes que vêm agitado o nosso país.
O tempo de um Portugal tranquilo, no que à criminalidade diz respeito, faz parte do passado, por isso, a cada dia que passa os cidadãos vão-se sentindo cada vez mais ameaçados e inseguros.
Crimes que outrora apenas ocorriam pontualmente nas grandes cidades, vão-se hoje generalizando um pouco por todo o país, invadindo a tradicional pacatez provinciana.
Se é preocupante a escalada da criminalidade em Portugal, não deixa de ser menos preocupante que quem governa o nosso país teime em não eleger as forças de segurança como entidades privilegiadas de investimento público.
Esta é, pelo menos, a tendência que se tem verificado.
Todos sabemos as dificuldades com que diariamente se debatem a GNR e a PSP para cumprirem as suas missões de salvaguarda da segurança e manutenção da ordem pública.

Carentes de meios materiais e humanos, vão cumprindo como podem e com aquilo de que dispõem, nada mais lhe sendo exigível.
Ainda assim, Portugal está aquém da média Europeia no que à criminalidade diz respeito, pelo menos por enquanto, o que significa que ainda estamos bem a tempo de travar o seu crescimento, contrariando a tendência expansiva.
A situação ainda não é alarmante, mas não deixa de ser preocupante
Contrariar esta tendência passa por apostar fortemente nas forças de segurança, de forma a termos agentes motivados e dotados de meios que assegurem no terreno maior eficácia operacional.
Numa altura em que se aproxima a elaboração do orçamento de Estado para o próximo ano, exige-se do governo que dê a resposta adequada, reforçando significativamente as dotações destinadas às forças de segurança.
A insegurança pública é um problema emergente, que se for atempadamente atacado poderá regredir substâncialmente, evitando custos e prejuízos acrescidos para o Estado e para os Cidadãos.

Hélder Rebocho
19.09.07

Sem comentários: