segunda-feira, 24 de setembro de 2007

AO CORRER DO TECLADO

Os citadinos e a dimensão da vida urbana.

- A vida nos centros urbanos chega a ser um pesadelo para muita gente indefesa, onde a cada momento do dia a dia da mobilidade pedestre necessária ou de trabalho, a penantes, as pessoas se deparam invariavelmente com situações esquisitas e que não esperam, chegando ao ponto do desanimo porque ninguém lhes liga e as reclamações entram por um ouvido a saem pelo outro, e, queixas só no Totta… ou em altura de eleições. Aí sim discute-se e promete-se a qualidade de vida.

Mobilidade das pessoas - Quando não é a irregularidade das vias, é falta de padronização e altura dos lancis dos passeios, são os buracos tapados á pressão, ficando estes invertidos em altura, são os postes dos telefones, são as caixas da PT, da TVcabo, dos semáforos ou as paragens dos transportes públicos, são caixas postes e embaraços de tudo e mais qualquer coisa, por vezes no meio do espaço disponível dos passeios, interrompendo a marcha livre e descontraída dos transeuntes.

Visão a olho nu – É penoso depararmo-nos com imóveis em degradação total, com descuidos que a falta de fiscalização provocam ou a sua inoperância e desleixo se fazem sentir com lixeiras e urinóis fortuitos em plena via numa ou outra brecha sem iluminação, com trastes encostados a contentores de lixo durante semanas, até que os pedintes e agentes de ferro velho, tirem deles benefício e deles possam almejar umas migalhas.

Olfacto que sentimos – Aquele cheirinho a primavera, como eu lhe costumo chamar tentando ser positivo, podem-se encontrar com muita facilidade, aquela brisa, dada a falta de higiene dos caixotes do lixo, seja por falta de vigia e limpeza das ruas ou porque a escolha dos locais e condições para esses efeito, a isso propiciam.

Sensibilidade cutânea e respiratória dos alérgicos – É de fugir ao aproximarmo-nos de certas escolas, praças e pracetas, com aquelas árvores bonitas e frondosas de rica sombra agradabilíssima no Verão. Temos de quando em vez arrepiar caminho, encaminhando-nos para a farmácia na busca de antídotos, isto ao longo de tantos anos sem que haja uma alminha caridosa ou de ímpeto resoluto, para verificar o bem que se sente e o mal que fazem aqueles beldades.

O ruído que sofremos – Os grandes eventos e as iniciativas fora de horas despertam o interesse dos jovens e dos operadores artísticos e publicitários com muita facilidade, reagindo de forma diferente entre si, estes utilizam em privado ou no espaço público, estímulos por vezes incomuns e irritantes, escolhendo locais e espaços pacatos e contrários a grandes euforias, não desejando os doentes e mais idosos, o seu usufruto.

- Para além do mais, os centros populacionais vivem a poluição sonora como uma doença stressante dos nossos dias, situação em crescendo e que deveria merecer mais acuidade, drasticamente corrigida e banida quando se verificasse o seu abuso mas, o problema é sempre o mesmo – se não é do cu… é das calças, isto é existindo legislação não há quem a cumpra e, se assim é, não existe quem a faça cumprir. Á falta de mentalidade, contrapõe-se a inoperância.

- As consequências do lazer sem regras e dos níveis sonoros excessivos em festas de salão, discotecas e parques de diversão, podem muito bem ser considerados de poluição, apenas deverão degradar a saúde e stressar aqueles que voluntariamente participem e o desejem, contudo o ruído provocado que possa atingir terceiros, não deve ser admitido nem autorizado.

- Da mesma forma, para além do som que as pessoas produzem na atitude comunicacional, o tráfego rodoviário geral e em hora de ponta, comboios e aviões todos em simultâneo, são nocivos em dois carrinhos e colocados nos dois pratos da balança, os fumos e os gases num e no outro a poluição sonora, sendo causa concomitante com os inúmeros problemas gerais da saúde.

- Por fim deixo o meu apelo – lembrem-se de que não vivem sós, lembrem-se de poder dar conjuntamente o seu contributo na defesa deste planeta, lembrem-se de que os impactos que estes desleixos causam, podem afectar-nos das mais variadas formas, como sejam: a surdez e zumbidos nos ouvidos, distúrbio do sono, desconforto em períodos de descanso, aumento de hormonas reveladoras do stress, aumento da pressão sanguínea e do colesterol, enfarte de miocárdio, hipertensão e a diabetes.

Cuide de si e dos seus.

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