terça-feira, 11 de setembro de 2007

AO CORRER DO TECLADO

O PROGRESSO TEM PREÇO

- No momento em que, o progresso exige aos portugueses quase metade dos rendimentos familiares, só para impostos, é lícito interrogar-nos e pedir explicações, perante tanto desleixo, anarquia e farrabadó nas despesas correntes ou verbas não produtivas, com a complacência e veleidades de alguns gestores de papo e saco cheio.

- O politicamente correcto serve hoje em dia, para tudo ou quase tudo, remodelações e entreténs inventam-se, rubricas de receita insuspeitáveis são adicionadas a outras taxas e impostos generalizados, como sejam as comunicações, a água a electricidade, para que os vários sacos não definhem, até que a reforma não os desproteja, tentando manter as aparências enquanto a voracidade e a riqueza de alguns seja vista com lógica e a prioridade que não têm.

- Muito se apregoa de que, poderemos ser exportadores de electricidade. Assim poderemos descobrir mais um coelho em cartola oportunista, mas, não é senão mais uma falácia posta a circular por entendidos que, nada fizeram ou descobriram, apesar das boas palavras e intenções, esquecendo-se de que o eólico e as barragens, estão para o sector energético como os consórcios de exploração. Outro tanto, estará o capital necessário a envolver, para os bancos e banqueiros mas, no que diz respeito a outras condicionantes a cumprir com respeito ás pessoas, népia, nada se diz.

- Ora, a carga fiscal a crescer desta forma vai pelo menos desde há dez anos, com os factores e condições de emprego mais exigentes, as condições de habitação luxuriante, acercaram-se dos núcleos históricos e paisagísticos, renegando os mais desfavorecidos para distância insuportáveis para a bolsa, sem tempo e condições para a assistência aos seus.

- Por força da pobreza mas, também pela falta de tempo disponíveis, o tempo de descanso diminuiu drasticamente e a alimentação foi condicionada e alterada para compostos duvidosos, onde os elementos constituintes açucarados, gorduras, corantes e conservantes foram deixados ao arbítrio do lucro, com prejuízo para saúde.

- Cada capelinha tenta livrar-se da falência da sua instituição e promover o bem-estar, por vezes vitalício dos seus colaboradores, com poder e saber para abrir portas e travessas influenciando os decisores, da bondade da sua acção e propostas.

- É ver os Serviços Camarários a aplicar a lei cega de tabelião, são Serviços Municipalizados a taxarem tudo o que podem, sem qualquer reserva, até o parqueamento necessário para que o maior negócio existente neste País (o automóvel) possa estabilizar e ser poupado, são os serviços eléctricos a seguirem os passos e as tabelas, são os bancos a não ficar atrás no que poderem arrecadar, são as Compª de Seguros e tantos outros cartéis autorizados com variadíssimos nomes e, contratados para fazerem a depenagem, com o Zé a ver as manobras.

- Não sei se estarei enganado mas, dizem-me que todos temos um palhaço dentro de nós, todavia não conheço o meu, ao pretenderem fazer de mim um batatinha. Penso mesmo que não haverá Instituição Oficial capaz de fazer a listagem completa das taxas existentes, impostos e alcavalas que se omitem sub-repticiamente, a que cada momento o contribuinte no seu dia a dia está obrigado, incluindo o montante dos custos extorquidos por sector, contra vontade e sem saber ler nem escrever, sem critério e oportunidade.

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