terça-feira, 28 de agosto de 2007

AO CORRER DO TECLADO

Estilos e formas de comunicar.

- O mundo da notícia adquiriu desde alguns anos, transformações rápidas e visíveis, a fonia deu um empurrão com a Imprevisto, em parceria com outras rádios locais como a Nova Antena e a Cidade, com a escrita em Odivelas ou em Évora a desempenhar a sua missão. Os diários não pagos são suporte para a divulgação de produtos ou ideias, as revistas sociais enaltecendo as divas cénicas, os craques embebidos em paixões esbeltas e com sonhos cor-de-rosa, conjuntamente com as fofocas com seus colares e olhares, propiciando o exercitar dos paparazzis e sua fotos á lá minute.

- O saber e a tecnologia neste meio, são servidas com engenho, com choques e azedumes entre editores, abanando e fazendo tremer os profissionais. Adaptações rápidas no transporte e nos segredos da informação actualizada, servindo-se por vezes de aspectos loucos e expeditos, sempre no sentido de ultrapassar rotinas e chegar ao público em primeiro lugar, com qualidade e isenção profissional.

- Apesar disso, não será difícil verificar a diversidade no leque das temáticas possíveis, sua difusão e profusão dirigidas aos variados públicos, nas variantes televisivas, radiofónicas, escrita etc.etc., notando-se que a concorrência, começa a fazer-se por padrões e caminhos mais fáceis como é o porta a porta, via Internet, os bloguistas e os portais começam a ter um peso considerável na opinião, sem esquecer os periódicos camuflados e diários comerciais não pagos, que, nas grandes cidades dão os bons dias aos portugueses.

- O incremento da leitura, a busca da comunicação e a avidez do conhecimento de tantos que, assim foram chamados para a comunicação em fonia ou outra, e que em determinado momento das suas vidas se orgulham de terem abraçado e arrastado outros amigos para uma forma útil do entretenimento construtivo, como foram as rádios locais, os radioamadores ou os jornais de caserna ou da paróquia, ainda hoje muitos deste que conheço se predispõem com seriedade, a prestar um serviço cívico em muitas regiões do País, em prol das comunidades.

- Sou franco, nunca na minha vida teria sonhado fazer um directo via rádio, por ocasião de uma procissão, ao verificar aquele trabalho inédito na província, em plena praça da fonte daquela vila alentejana, tendo na altura o reconhecimentos dos mais idosos ou doentes que, não puderam acompanhar o acto religioso e do Prior que erguendo o polegar em sinal de regozijo e agradecimento, não fora o bichinho e alguma experiência adquirida.

- Boas … estas coisas de recordar que, pela extensão, não podem ser para aqui chamadas neste espaço, pois levam a recordações de acontecimentos únicos e que já não voltam mais, evidentemente que não serão todos bons, contendo algumas desagradáveis lembranças.

- Porque nem tudo será perfeito na comunicação divulgada hoje ou ontem, recordo revistas que informavam alguns bons anos atrás os seus leitores e núcleo de fãs, com frases e ideias de gostos não partilhados.

- Revista Querida - 1953 - O noivado longo é um perigo.
- 1954 - Mesmo que o homem se divirta com a namorada, ele não gosta ver que ela cedeu.
- 1955 – O lugar da mulher é no lar. O trabalho fora de casa masculiniza.

- Jornal Moças - 1957 - Não se deve irritar o homem com dúvidas e ciúmes.
- Se o seu marido fuma, não se zangue com a cinza no tapete. Espalhe os cinzeiros pela casa.
- É fundamental a mulher manter sempre a aparência impecável, diante do marido.
- 1959 - A mulher deve deixar descansar o marido nas horas vagas, nada de serviços domésticos.
- 1965 - A desarrumação da casa de banho desperta no marido a vontade do banho fora de casa.

- Revista Cláudia - 1962 - Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar o seu carinho a afecto.

- Em síntese, são estes os apontamentos de revistas femininas das décadas de 50 e 60 – Isto é que eram o rosto da educação (no mau sentido digo eu) em mutação em diversos pontos para pior, para poder afirmar de que hoje, já não se fazem revistas tão didácticas e interessantes como aquelas, carregadas de ensinamentos e moralidade, como o amor provocante.

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