segunda-feira, 20 de agosto de 2007

AO CORRER DO TECLADO

BIOLOGIA AGRÍCOLA.

- Todos sabemos que o cultivo da terra deixou de ser prioridade para maioria dos políticos. Apesar de estarem na moda e na forja algumas ideias, uma nova modalidade de cultura surge, onde os transgénicos começam a ditar leis aliadas ao fomento do biodísel e sucedâneos energéticos. Haja dinheiro que tudo o resto se compra, nem que seja a importar ideias com parcerias anónimas, no limite até as consciências se podem adquirir.

- Ao falar de biologia, a primeira coisa que nos vem á mente é a transformação necessária e benéfica dos produtos cultivados e extraídos da terra, estando inerente a salutar necessidade da valorização dos elementos agrícolas indispensáveis na alimentação.

- É cada vez mais visível o aparecimento de produtos ditos da agricultura biológica, numa tentativa de produção alimentar mais sã e mais segura para a saúde dos seres, primando por princípios básicos dos ecossistemas e dos ciclos biológicos, privilegiando as boas práticas amigas da natureza.

- Sabendo-se que a biologia como ciência com variadas ramificações, todas elas com o intuito e capacidade do estudo de tudo aquilo que se refere á vida, mostrando-se bastante complexas as fronteiras em vertentes como: - anatomia macroscópica e microscópica – vegetal e animal – fenómenos metabólicos e energéticos – relações e factores fisiológicos e biológicos – ecologia e etologia - prevalências dos seres e do ambiente – hábitos e diferenciação dos comportamentos das espécies.

- A conquista e a demonstração de novos processos agrícolas naturais, sem a utilização de sintéticos e pesticidas, não utilizando transgénicos á partida, são ideias bem recebidas por uma maioria interessada na defesa da vida, intervindo no meio aplicando produtos de origem natural sem aditivos, recorrendo a processos inovadores.

-Determinados produtos naturais ou ditos biológicos, já estarão contaminados ou em vias disso, dado o caminho percorrido até á cozinha biologicamente concebida, produtos estes embora já protegidos, foram produzidos á distância, porventura misturados ou embalados com produtos tóxico, transportados ao vento, com poeiras ou elementos nocivos trazidos pela geada ou chuvas ácidas, não sendo imputável tais situações ao criador dos referidos produtos, ainda que estes continuem a ser considerados como biológicos, até final de linha.

- Não estou convencido que a água que bebemos, o sal das nossas cozinhas, o açúcar que ingerimos, a mistura do café que nos servem diariamente, as sementes do pão que nos alimenta, o vinho que apreciamos e tantos outros, não estarão viciados e parte deles nas melhores condições de consumo, podendo conter elementos perniciosos á nossa saúde, ainda que as preocupações estejam presentes.

- O preço mais elevado dos produtos agrícolas biológicos, é um dos aspectos que limita a sua aderência. Por outro lado é o mote que se busca ou o trampolim para que as mais valias surjam… quem venda gato por lebre tenta preparar o golpe.

- A bioquímica neste estágio tem um papel preponderante, a sua intervenção é suporte de garantia para os consumidores. As incertezas e dúvidas podem acontecer e serão legítimas, quando em qualquer local estes estiverem disponíveis e anunciados como produtos agrícolas amigos da vida ainda que utilizando como anúncio de certificação e a sua procedência, pois biologia ensina-se e aprende-se, não sendo demonstrável em qualquer condição ou lugar; deveremos ter certezas.

- Mais cuidados terão estes produtos, antes de chegarem ao consumidor, a dúvida põe-se quando se pedem estudos comparativos e ninguém dá a certeza seja do que for, quanto ás substancias contidas para fazer a diferenciação quanto a antioxidantes, betacaroteno e fitonutrientes também ninguém autorizado adianta mais nada, senão o conveniente.

- Face ao conhecimento existente para a manutenção das espécies, não tenhamos dúvidas que o caminho ideal seria o retorno a tempos já passados, em termos de cultivo dos bens comestíveis essenciais, mas, as terras aráveis foram destruídas pelo negócio do betão e tantas outras mal feitorias indiscriminadamente, nos solos aráveis e produtivos.

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