Divulgação da Musica Tradicional Portuguesa – A nossa música
Com um carinho muito especial para as nossas "SAIAS"
São Saias, Senhor, São Saias
Letra e música: Vitorino
Intérpretes: Vitorino* e Sheila (in "Semear Salsa ao Reguinho", Orfeu, 1975; reed. Movieplay, 1999)
São saias, senhor, são saias
Para bailar ao sol pôr
Se não largas as searas
O baile será pior
De que serve o manajeiro
Se quem trabalha é a gente
Não precisamos de donos
Sozinhos estamos contentes
O Redondo tem um largo
É vila não é cidade
Os ricos já lá não mandam
Quem brilha é a mocidade.
Saias da Vila do Redondo
Letra e música: Popular
Recolha e adaptação: Vitorino
Intérprete: Vitorino (in "Leitaria Garrett", EMI-VC, 1984; reed. 1993)
Do castelo do Redondo
Avista-se o Alandroal
Vêem-se terras de Espanha
Metade de Portugal
Já não há quem queira dar
Uma filha a um ganhão
Estão à espera que lhe tragam
Das Índias um capitão
Já não há quem queira dar
Uma filha a um louceiro
Estão à espera que lhe tragam
Do Brasil um brasileiro
Saias da Feira do São Mateus
Letra e música: Popular (Elvas)
Recolha e adaptação: Vitorino
Intérpretes: Vitorino* e Sérgio Godinho (in "Flor de La Mar", EMI-VC, 1983; reed. 1992)
Onde vais de camisinha
P'rá feira do S. Mateus
As meias são emprestadas
Os sapatos não são teus
A perdiz canta na balsa
O rouxinol no alandro
Diante de mim és falsa
Fará em eu abalando
Já chove, já quer chover
Já correm os regatinhos
Já os campos estão alegres
Já cantam os passarinhos
Saias do Freixo
Letra e música: Popular (Redondo)
Arranjo: Vitorino, Pedro Caldeira Cabral e Janita Salomé
Intérprete: Janita Salomé* (in "Melro", Orfeu, 1980; reed. Movieplay, 1993)
O meu amor é carreiro
trabalha em terra vermelha
Quando oiço os cascavéis
lembra-me aquela parelha
Alentejo não tem sombra
senão a que vem do céu
Assenta-te aqui amor
à sombra do meu chapéu
Semeei-te por flor
no meu jardim encantado
nasceu-me um perfeito amor
já estou mais acompanhado
Saias do Ai-Ai
Popular – harmónio e voz feminina (Nisa, Alto Alentejo)
Recolha de José Alberto Sardinha (1993) (in CD n.º 5 de "Portugal - Raízes Musicais", JN/BMG, 1997)
Se tu fores ao Chão da Velha ai, ai
Se tu fores ao Chão da Velha
Procura na minha porta ai, ai
Procura na minha porta
Eu moro mesmo à entrada ai, ai
Eu moro mesmo à entrada
Onde a rua dá a volta ai, ai
Onde a rua dá a volta
Eu moro mesmo à entrada ai, ai
Onde a rua dá a volta
Se tu fores ao Chão da Velha ai, ai
Procura na minha porta
Amar-te e querer-te bem ai, ai
Tudo isso te eu farei
Mas andar atrás de ti ai, ai
Isso não que é contra a lei
Mas andar atrás de ti ai, ai
Isso não que é contra a lei
Amar-te e querer-te bem ai, ai
Tudo isso te eu farei
Fui ao jardim do teu peito ai, ai
Colher a açucena sentida
Sem pôr o pé foi esmagada ai, ai
Sem falar fui conhecida
Sem pôr o pé foi esmagada ai, ai
Sem falar fui conhecida
Fui ao jardim do teu peito ai, ai
Colher a açucena sentida
Amores escrevo eu e lhe mando ai, ai
Que ele recebe e eu lhe digo
Isto é uma demanda ai, ai
Que eu ando a seguir contigo
Isto é uma demanda ai, ai
Que eu ando a seguir contigo
Amores escrevo eu e lhe mando ai, ai
Que ele recebe e eu lhe digo
Já dizem que vão à lua ai, ai
E que ela que é habitada
Mas não há nenhum chaufer ai, ai
Que saiba daquela estrada
Mas não há nenhum chaufer ai, ai
Que saiba daquela estrada
Já dizem que vão à lua ai, ai
E que ela que é habitada
O Sete-Estrelas vai alto ai, ai
Mais alto vai o luar
Mais alto vai a ventura ai, ai
Que Deus tem para me dar
Mais alto vai a ventura ai, ai
Que Deus tem para me dar
O Sete-Estrelas vai alto ai, ai
Mais alto vai o luar.
Colaboração:lugar-ao-sul@grupos.com.br
1 comentário:
Lindo... as saias definem a alegria dos Alentejanos e o Vitorino é o expoente máximo desta forma de cantar. Mas Senhor do blogue esqueceu-se de Campo Maior, onde ouvi cantar expontaneamente o povo e que alegria me deu.
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