quarta-feira, 6 de junho de 2007

CORREIO RECEBIDO

de leitores devidamente identificados

Caixa Geral de Depósitos - Os Vampiros do Século XXI

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a enviar aos seus clientes mais modestos uma circular que deveria fazer corar de vergonha os administradores - principescamente pagos - daquela instituição bancária. A carta da CGD começa, como mandam as boas regras de marketing, por reafirmar o empenho do Banco em «oferecer aos seus clientes as melhores condições de preço/qualidade em toda a gama de prestação de serviços», incluindo no que respeita «a despesas de manutenção nas contas à ordem».

As palavras de circunstância não chegam sequer a suscitar qualquer tipo de ilusões, dado que após novo parágrafo sobre «racionalização e eficiência da gestão de contas», o «estimado/a cliente» é confrontado com a informação de que,para «continuar a usufruir da isenção da comissão de despesas de manutenção», terá de ter em cada trimestre um «saldo médio superior a EUR1000, ter crédito de vencimento ou ter aplicações financeiras» associadas à respectiva conta.

Ora sucede que muitas contas da CGD, designadamente de pensionistas e reformados, são abertas por imposição legal.

É o caso de um reformado por invalidez e quase septuagenário, que sobrevive
com uma pensão de EUR243,45 - que para ter direito ao piedoso subsídio diário de EUR 7,57 (sete euros e cinquenta e sete cêntimos!) foi forçado a abrir conta na CGD por determinação expressa da Segurança Social para receber a reforma.

Como se compreende, casos como este - e muitos são os portugueses que vivem abaixo ou no limiar da pobreza - não podem, de todo, preencher os requisitos impostos pela CGD e tão pouco dar-se ao luxo de pagar «despesas de manutenção» de uma conta que foram constrangidos a abrir para acolher a sua miséria.
O mais escandaloso é que seja justamente uma instituição bancária que ano após ano apresenta lucros fabulosos e que aposenta os seus administradores,mesmo quando efémeros, com «obscenas» pensões (para citar Bagão Félix), a vir exigir a quem mal consegue sobreviver que contribua para engordar os seus lautos proventos.

É sem dúvida uma situação ridícula e vergonhosa, como lhe chama o nosso
leitor, mas as palavras sabem a pouco quando se trata de denunciar tamanha
indignidade.

Esta é a face brutal do capitalismo selvagem que nos servem sob a capa da
democracia, em que até a esmola paga taxa.

Sem respeito pela dignidade humana e sem qualquer resquício de decência,
com o único objectivo de acumular mais e mais lucros, eis os administradores de
sucesso .

Medite e divulgue . . .

Cidadania é fazê-lo, é demonstrar esta pouca vergonha que nos atira para a
miserabilidade social.

CONSIDERAÇÔES SOBRE O ALANDRO AL E O ALANDROAL


Chico

Antes de mais, devo dizer-te que o teu trabalho bloguístico,está cada
vez melhor. Mais apelativo e abrangente. Ou seja, mais participado e democrático.
Afinal as pessoas nem sempre são tolas e assim sendo, sempre vai havendo quem saiba apreciar e valorizar o Alandro Al
O resultado dos teus esforços, está à vista. Até porque é um trabalho
que já leva anos, e vem em crescendo natural. Mais uma vez agradeço-te tudo
quanto tens feito por um Belo torrão matricial que vai do "Al-Kalate às Eiras
do R..."!
Quanto à atitude e comportamento da Presidência e dos boçais Edis, sem
chama e sem talento para a Vila que lhe caiu nas mãos, é de lamentar...desconhecerem que a Informação é o melhor e o mais útil instrumento com que se deve governar em democracia.
Cabe, aliás, dizer-te que há tempos estive no Alandroal e para além do Cenário ser demasiado constrangedor, o presidente e mais dois ou três jamais deixaram de me marcar à Zona.
Mas será mesmo que os tipos não percebem que o Alandroal não é de ninguém... para poder ser de todos? Os Comentários e o teu papel incomodam assim tanto? Será possível que os tipos queiram exercer o poder, restringindo-o a meia dúzia de arrivistas que nem sequer são de lá?
Exercem-no com que sentido e com que Abertura? Apenas pacoviamente para serem
reeleitos?
Por bem dos Homens e mal do sistema. Na defesa de um melhor regime democrático. Vivido com menos corrupção. E maior vigilância de todos nós. Dado que o Estado só por si,perdeu essa capacidade. E também ele, é um reprodutor de certos vícios
sociais.

Ou como Almada Negreiros no seu Manifesto Futurista genialmente o
expressou:"Coragem Portugueses só vos faltam as Qualidades".

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