quarta-feira, 13 de junho de 2007

CENAS DA VIDA REAL

O “Pintarroxo”;era homem de: - branco ou tinto?: - cheio.
O Zéquinha : Goza agora e paga depois. Quem vier atrás que feche a porta.
A Margarita: Valha-me Deus não te derretas.

O Zéquinha casou com a Margarita.
Quando comprou o seu primeiro carro, foi de abalada à terra, juntou-se com os amigos e foram experimentar o carro.
Regressaram altas horas, cantando a “Mari Morena”, e com o carro todo enfeitado de “mimosas”.
Sermão da Margarita: Não tens vergonha, deixas-me com os teus pais, e vais “p´rá borga” com os amigos.
Réplica do Zéquinha: Nã é bem assim, eu disse ao Pintarroxo para tomar conta de ti.
Margarita: Ao Pintarroxo? Nã tens vergonha… anda sempre bêbado… é como tu.
Zéquinha: Por isso mesmo, estava descansado… sabia que não havia qualquer perigo.
Conclusão: Estão divorciados.


O "Lagarticha" sempre foi homem de vida pacata, sem excessos, abstémio, sem grande inclinação para as mulheres (pelo menos que se saiba), cumpridor dos seus horários, do seu ofício, das suas obrigações. Gostava era de jogar à batota, e era considerado exímio jogador de poker.
O "Minhoca", pese embora não se conhecerem desvarios prejudiciais à boa harmonia no lar, sempre teve uma vida mais agitada, não negando uma boa noitada “faducha”, (até dedilhava o “banjo”) bem regada a “tintol”, e uma saudável convivência com os mais jovens. Também ele “amante” do pano verde.
Convém salientar a bondade, a honestidade, a boa convivência que ambos sempre usufruíram com toda a população do seu burgo.
Numa noite mais “acelerada”, em que na mesa do poker se jogavam umas “fichas” mais avultadas, a coisa deu para o torto.
"Lagarticha": Não vais longe. Com a vida que levas, com esses bagaços que emborcas, mais dia, menos dia vais a caminho da Senhora das Neves.
"Minhoca" : Mas pelo menos levo o papinho cheio. E quando meu caixão passar todos dirão lá vai um baú cheio de gozo. E quando calhar a tua vez o que podem dizer: Coitado… já lá vai… tantos sacrifícios para nada. Um caixote cheio de merda.
Conclusão: O "Lagarticha" foi à frente do "Minhoca".

A Clotilde, não teve vida fácil. Era o que se podia chamar, na altura: boa.
Cara jeitosa, busto saliente, ancas arredondada, perna bem feita… solteira, e já com a idade do namoro e casamento ultrapassados, aguardava que qualquer um lhe lançasse o isco.
Poucos se atreveram. Mas o Mayor, na sua qualidade de Mayor picou.
E pescou.
Em terra pequena, com gente “malina” depressa o romance chegou ao conhecimento de todos.
O Lacrau, velhaco…e esperto, vadio da noite, nada lhe escapava.
Usavam-se na altura meias de seda, que segundo me parece, e julgo saber, facilmente deixam escapar “malhas”. As mesmas, se a memória não me falha, apanhavam-se com uma farpa e um copo. O que dava uma grande trabalheira.
De maneira que a Clotilde, dedicava-se a tal ofício, pelo que afixou na porta da sua residência o seguinte anúncio “MALHAS APANHAM-SE COM RAPIDEZ E PERFEIÇÃO”.
O Lacrau, velhaco… uma noite pela calada, e munido de uma borracha resolveu apagar a palavra MALHAS e substitui-la por “CALIQUEIRAS” (termo usado como sinónimo de “maleta nas partes”).
Conclusão: A Clotilde perdeu o freguês e as clientes… o Lacrau foi ao posto, e pagou multa (vá lá, vá lá), o Mayor continuou a ser Mayor.

Xico Manel

(qualquer semelhança com pessoas e factos da vida real é pura coincidência)

Sem comentários: