segunda-feira, 23 de abril de 2007

AO CORRER DO TECLADO

CANUDO VALIDADO – A CARTA DE CONDUÇÃO

- Todos sabemos que o sinistro acontece quando menos se espera e advém de inúmeras causalidades, por norma na sequência de variados factores, onde as estatísticas apenas fixam números, sem todavia, exprimirem circunstâncias ou condições, não tendo em conta os traçados estudados e já caracterizados como problemáticos, o estado das viaturas, o planeamento e qualidade das vias ou os ensinamentos adquiridos, por parte dos condutores.
- A regularidade dos pavimentos, a homogeneidade dos conhecimentos e derivantes do ensino ministrado, as condições e qualidade das viaturas, bem assim a inobservância dos condutores, fazem aquilo as tropelias que apreciamos nas estradas e povoações, molestando os peões, o património de terceiros e a saúde indiscriminadamente.
- Analisando ao pormenor as causas, as entidades que coordenam e vigiam esta actividade, preferem actuar persecutoriamente, á luz do que foi escrito e doutrinado, como se em tábua sagrada fossem lavradas, manifestamente por vezes de livre arbítrio, não tendo a capacidade ou não querendo, reconhecer situações específicas, descarregando as suas tragédias pessoais para cima daqueles julgados sob a sua alçada, em momentos em que o condutor reconhecendo o erro e por ele se responsabilizar, apenas necessita da ajuda e de uma palavra e, não das evidencias despropositadas e serôdias depois dos acontecimentos, as deixas disparatadas e deselegâncias do velho cardápio, ditadas por meias palavras e insinuações de caris provocatórias dando nas vistas a falta de formação, próprias da imaginária superioridade da farda.
- Nestes casos, não havendo volta a dar ao assunto, a lei da multa cumpre-se, onde o diálogo de surdos é tão implícito como despropositado, resolvendo assim e, sempre bem qualquer situação, onde alguns podem dar nas vistas as vaidades e demonstrar os seus conhecimentos e superioridade, onde a lei por ser cega é aplicada indiscriminadamente e, para que se cumpra com eficácia, será bom que se aplique com justeza.
- As corridas e a falta de tempo de alguns condutores, leva-os a considerarem-se campeões de velocidade, abusar da legislação e dos restantes condutores é regra, demonstrando falta de consciência no que diz respeito ao equilíbrio emocional, isto é, falta de humanidade e de reflexos de instabilidade para consigo mesmos, indispensáveis á condição da atribuição do canudo, aceite, autorizado e responsabilizado de condutor completo, cumprindo as normas mínimas da condução defensiva, da sua integridade e da de terceiros.
- A absorção dos conhecimentos e a reciclagem dos condutores, parecem por vezes desprezíveis, o que interessa é possuir uma carta e um seguro válidos para trabalhar numa profissão de risco e perigosa, semelhante a tantas outras, onde a triagem, como as exigências e responsabilidades são mais controladas.
- O indivíduo, o seu carácter, a sua experiência de vida, a sua diligencia profissional, o seu estado psíquico e outras tantas situações são negligenciadas, são muitas vezes encobertas e, pior que tudo, como diz o outro… é o sistema que não avalia e apenas faz percentagens do valor humano e económico.
- A carta de condução, como curso e canudo que devia ser, nunca poderá ser atribuído seja a quem for á mingua de lições, onde as condições de aprendizagem são dispares, onde cada aluno tem o seu tempo próprio de assimilação, onde as responsabilidades estão na proporção directa do aumento das vias, de veículos mais técnicos e potentes, onde o stress, põe o seu dedinho malicioso.
- Os vícios e outras formas libertinas sucedem-se na condução, a condução defensiva nestes extractos não pega, quanto a mim deveria ser exigida e constar obrigatoriamente nos manuais de condução, a presença das entidades fiscalizadores em vez de se esconderam um cruzamentos e rotundas, se optassem por se mostrar e com moderação e diligência no aconselhamento personalizados, com indicações pertinentes, porventura, teríamos condutores mais respeitadores e atentos e por inerência, menos situações e problemas de circulação.

- Quanto a acidentes, deveremos ter em conta que uma grande percentagem destes se devem á despreocupação dos peões, gozando e chegando mesmo á provocação intencional, seja nas passadeiras ou não, a fita habitual do olhar de relance ou o voltar para traz, estando na passadeira o não, sem qualquer respeito pelo automobilista, sendo fácil verificar nos perímetros escolares, paragens de transportes públicos ou até mesmo na saída das suas habitações. Os peões de hoje, foram ensinados de que o condutor paga sempre, os passeios e as ruas são para os peões prioridade, têm deste conceito o sentido da posse das mesmas, usando e abusando da sua travessia, erradamente sem qualquer restrição.
- Porque já tenho a alcunha do autor dos textos maçudos, alongar-me mais um pouco seria o ideal mas, são coisas de quem escreve directamente para o teclado, muito embora reconhecer que o tempo e o espaço, devem ser controlados e medidos com parcimónia.

- Para terminar direi que existem influências que provocam a distracções humana que, por sua vez, interferem na atenção e na visão dos condutores. As cores dos veículos podem influenciar positivamente ou não, pelo garrido, pelo insólito, pela luminosidade e reflexo. Assim o significado que cada um atribui a determinada cor, provoca no subconsciente a lembrança de vivências e situações será atribuída sensitivamente uma actuação ou vibração que, se reflecte no nosso estado emocional de controlo ou descontrole da segurança e da condução.
- O estudo das cores das viaturas, tem sido estudado, tentando saber os seus efeitos e poder a melhorar a visibilidade sensitiva, tal observação não pode ser considerada e usada cientificamente, no entanto não será despiciendo, conhecer até que ponto, estes estudos coincidem com a realidade de cada um.

O azul, está ligado á austeridade tranquila.
O laranja, está ligado ao equilíbrio da mente.
O amarelo, torna-se um estimulante nervoso.
O vermelho, previne o perigo.
O verde, é atreito aos ciúmes e á ganância.
O branco, é pureza e paz.
O rosa, é amor e ternura.
O magenta, é luxúria, é desejo.
O preto, é sofisticação e mistério.
O cinza, é elegância e subtileza.

- Tudo isto é muito giro e agradável de conhecer mas, se cada um de nós não tivermos o cuidado de nos auto-disciplinarmos, se não tentarmos saber os nossos pontos fracos e nos corrigirmos, se não tivermos a noção dos perigos de conduzir, tudo o resto são cantigas e as vítimas continuarão a aumentar, porque os condutores também aumentam.

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