A ideia errada, de comprar este mundo e o outro!
- Os excessos do consumo são um mal terrível para os orçamentos dos casais, das Freguesias, das Câmaras Municipais, onde o País é um somatório reflectido em espiral, onde a acção dos governantes e das suas políticas ajudam á festa, colocando os gestores impávidos e serenos dando os amen’s , e, na falta de melhor resposta, entretêm-se a analisar estatísticas, enquanto os leigos por vezes, fazem contas entre a vida e a morte.
- Não sendo novo, nem exclusivo, o tema deste vosso humilde cronista, ainda assim apercebo-me que algo continua a estar mal na cabeça de alguns bem comportados, e o insólito deparasse-nos quando dão nas vistas excessivamente, com alguns modos e também algumas atitudes menos comuns, recusando-me a julgamentos de moralidades, sejam elas conhecidos ou não, sem tentar ser eu o bom, nem colocando-me isento de imperfeições.
- Quem sou eu para fazer futurologia, onde terei ido buscar a veleidade de me excluir do dia do amanhã?
- Que me perdoem os leitores, para aquilo que convictamente acredito: - As Ilusórias aparências dos pobres, na tentativa de ombrear em círculos pré-fabricadas, imitando o novo-riquismo instalado e bem representado nesta sociedade, quanto a mim contribuindo drasticamente para uma pobreza cada vez mais envergonhada, onde as leis se regem por pareceres doutos e, as mentes não se medem nem se adequam sem os canudos, onde as disponibilidades financeiras se dirigem apenas num sentido.
- O consumo supérfluo, o vício de tudo querer sem saber porquê, para quê ou para quem, para além de não ser possível de suportar por qualquer carteira, dadas as luxúrias apelativas e disponíveis, com os inconvenientes de já não haver lugar para guardar tanta tralha, chamando a atenção para traumas comportamentais e psíquicos, porventura de origem gravosa.
- Todavia as boas intenções e os bons conselhos parecem não ser inusitados, e mau grado com que por vezes são recebidos, no entanto um pequeno esforço sem chegar ao lembrete fica bem e pode resultar, é útil e pode evitar aborrecimentos e prejuízos sem conta, para muita gente e para o País se, se tornar mais generalizado.
- As mutações promovem razões, onde consumo desenfreado, com a agressividade suficiente para impingir o bom e o mau, onde o essencial será sacar dinheiro a qualquer custo, venha este donde vier é bem vindo, chegando ao ponto de não sabermos de que lado estão os bons ou os maus, mas, convictos de que os mais necessitados, pagam e ostentam os troféus com suor e lágrimas, com a cumplicidade de alguns ditos sérios, bem colocados em posições chave mas, que deveriam adquirir tino.
- Todos estes defeitos, ensinados e adquiridos em idade escolar, se prolongam até á maturidade, e tendências várias podem afectar as criaturas, de tal forma que alguns, já não tendo tempo para o gastar tornam-se avarentos perigosos e indignados com o coveiro que não lhe permite enterrar o capital.
- A questão põe-se: onde guardar o dinheiro limpo misturado com o sujo, que fazer aos títulos e acções, as herdades e imóveis que tantas dores de cabeça lhes deram? Ficarão para quem toda a vida combateram… os impostos e o Estado.
-Tornam-se apátridas empedernidos e egoístas carunchosos, caminham para longe em busca dos paraísos fiscais, antes de lhe ser reservado o seu lugar sagrado no céu.
- Existem no entanto excepções. Normalmente do foro psíquico, onde as tendências despesistas atingem formas de comprador compulsivo. Assim, a situação muda de figura, por se admitir a suposta saúde mental no acto da compra, não deve acontecer, onde o perfeito estado de saúde deve permitir uma escolha, não só do conteúdo das necessidades do cliente, a concretização do acto negociado pelas partes envolventes. No comércio tradicional certamente tal não acontece, tratando-se com pessoas amigas e conhecidas desde há muito, e os interesses serem mútuos e por norma observados, sendo por vezes difícil comprovar-se o espírito correcto e sem litigância em outros locais.
Aos Compradores compulsivos:
- Apenas deverão apreciar montras, com estas fechadas, para que no dia seguinte não se possam arrepender.
- Não faça compras á pressa ou onde haja muita confusão e clientes, para poder pensar duas vezes.
- Ter a noção do seu estilo gastador, é não trazer sem necessidade, muito dinheiro.
- Fazer despesas sem necessidade é vício, mude de atitude, faça voluntariado, pratique exercícios físicos.
- Não fazer compras ao mês, faça-o para cada semana e, se tem tempo livre porque não fazê-lo, diariamente.
- Nas compras por catálogo, nos saldos ilusórios, nas feiras e outros locais, devem ser observadas as ousarias.
- Cartão de crédito e cheques diga não, bem assim a tudo aquilo que permita, não pagar no momento da compra.
- Tome por hábito levar uma listagem das necessidades, no momento de sair para as compras.
- Se tem necessidade de comprar algo, dirija-se a comerciante conhecido e habitual e exponha como de costume a sua pretensão.
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