segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

CRÓNICAS DO JOÃO PEDRO

SERÁ O PESSIMISMO, COISA RUIM?

- Esta premissa não terá resposta científica, muito menos impositiva, nem tão pouco atributo legalista, não sendo de índole social este termo visto se depreender de um estado psíquico, curto no tempo, onde se denota determinada tendenciosa individual, do foro íntimo de cada um, tal como o aborto sendo de excluir, se não devem esquecer as ponderações inerentes, o porquê dos alentejanos usarem ou não ceroulas ou os nortenhos terem preferência por vinhos verdes.
No campeonato do pessimismo/optimismo, a coisa não se torna fácil quanto alguns pensam e dizem, ainda que todos analisássemos esta problemática pelo mesmo prisma, logo teríamos de nos debruçar sobre as variadas razões, sobre os momentos vividos, os ambientes onde bebemos os primeiros ensinamentos de personalidade e porque não o grau de dificuldade que, cada um experimentou no custear das suas aspirações.
- Como algumas influências podem determinar, formas dispares de estar na vida ou da sua compreensão distorcidas, que, nos levam a gostar do Cascalheira em detrimento de outro, nos influenciam as amizades com os grilos e o seu gri-gri em luar de Agosto, nos abominam as altitudes exageradas ou os íngremes relevos.
- Toda esta matéria já foi estudada até à exaustão, por cabecinhas insuspeitas, sempre no sentido da sua aplicação direccionada oportunamente para os fins que na altura melhor aprouverem e se encontrarem, em casos bastante conhecidos como é o caso do CO2 que denegrido genericamente, dá como resultado o aumento dos combustíveis.
- Outro tanto passa-se com determinadas drogas do tabaco, cobram-se seguros, movimentam-se bancos, impõem-se taxas de importação, estudam-se umas caixas impressas bem airosas mas com uns dizeres esquisitos, onde se colocam umas migalhas de folhas secas e tratadas, para serem vendidas por quem bem sabe do negócio e nunca o utilizador… o diferencial destes lucros revertem a favor da rodinha oligárquica.
- Chegados aqui, será fácil aduzir que democracias existirão as que quisermos, liberdades individuais são coisas que pregão já vendeu exaustivamente mas, que aos contraditórios de muitos optimismos, não se sabe se batotas entram em cabeças de batata, sim isso mesmo… os nabos podem ser considerados sabichões, ainda que népia possa ser verde e da cor de nabiças muito em voga e, bem colocados.
- Neste ano de 2007 já aconteceram tantas coisas boas, para nos abrir e abanar os sentidos, a doença do pessimismo com ou sem razão mantém-se, os serviços do Estado e o Estado papão nem ao menos disfarça outras situações, outros tempos, começando pelas hortaliças, passando pela água ou electricidade, acabando pela legislação…é tudo importado.
- O saber e empenho de todos os portugueses parecem ser desprezível, a renovação tantas vezes explicada chegará com o TGV possivelmente, quando olhamos em redor, a sensação de que a vida das pessoas, é muitas vezes de desespero e incapacidade, muito embora a nítida vontade e esperança de dias diferentes.
- Assim a ruindade do pessimismo não será sem razão, não será com interesse, não será sem emoção quando acreditando naqueles que apesar dos factos, incrementam o optimismo e a esperança que, já partiu e nunca mais chegou, pois são atitudes pouco rigorosas, são falácias de quem não sabe dizer quanto custa uma bilha de gás, não sabe qual é a despesa em pão do seu agregado, não sabe porque não necessita de contar os tostões para adquirir os medicamentos, ou comprar um pacote de leite.
- Por ironia do destino, nesta sociedade de liberdades e pessoal lúcidas, tendo todos a preocupação de legislar e de discutir acaloradamente os pormenores valorativos das pessoas intervenientes, deixando para segundo plano os seus benefícios duvidosos para que estes possam ser aplicados arbitrariamente ou a gosto de circunstância.
- A bivalência das leis, seria a última coisa a ser desejada após mais de 30 anos nesta democracia, visto que na anterior a lei nunca por nunca se mostrava bivalente aos olhos dos leigos, hoje tal não sucede, sendo o legislador que num programa de TV teve a suprema lata de desejar que um baixo assinado de mais de 10 mil assinaturas, fosse taxado em custas judiciais, num valor aproximado de 4 milhões e 500 mil euros, sendo este o custo do direito de defesa.
- Assim não Senhores Juristas…, assim não Senhores políticos…, deste lado existe razoabilidade e empenho, admito que muitos ainda não tenham notado, nesta verídica realidade.
- Sem dogmas, sem formação religiosa, não partidário, tentando ser recto ainda que me doa, não consigo ser rico após ter trabalhado mais de 50 anos e mais de 40 para a Seg. Social, não estou reformado nem disso tenho vontade mas, uma coisa é certa – “ Burro velho, nem todos lhe conseguem colocar a albarda".

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