SALTO EM FRENTE…
Objectivando a proximidade das Eleições 2009
A mexida e remexida de algumas situações e sectores profissionais ou de Instituições da sociedade, numa só penada em tempo e cardápio como quem toma um chá ou similar, digo eu, são causadores de prejuízos múltiplos, regalias suplementares para outros, onde a acuidade e a isenção necessárias por parte dos profissionais da burocracia com voz, afagando e alindando as suas gravatas de pura seda nos ecrãs, criando distúrbios na vivência do seu dia a dia, quantas vezes indignas de sustentar com seriedade, pela escassez de meios ou de tempo, não sendo de espantar quanto aos partidos a questão do Referendo, o desejo do seu prolongamento no tempo, a sua harmonização, como o fizeram em acto anterior.
- O objectivo primeiro da decisão do referendo, pelo menos disso convicto estou, o governo está já a jogar nas próximas eleições, sabendo serem estas propiciadoras do ajuste de contas do eleitorado cansaço da espera, não querendo continuar a ouvir música, ainda que celestial que já ninguém acredita, tendo a certeza por outro lado que nada ficará como dantes e que o aspecto do aborto ou não aborto suas políticas de legalidade ou não, sempre esteve nas suas mãos, nunca legisladas ou minimamente cumpridas, tentar diminuir tal chaga estará já aprazada, com distribuição de doces e rebuçados.
- O partido do governo apoia o “sim”, no meu entender, para dar um sinal de que se está a mover, certo é que seja qual for o resultado do referendo, nada complicará as suas prioridades ou planos de actuação, visto limitar-se a acompanhar os desígnios do seu eleitorado próximo, reconhecendo que os seus contrários, argumentando em verdades que eles próprios não quiseram ou souberam resolver, tendo o ridículo de os invocar e exigir, fora de tempo. Populismo barato e avulso…
- O veredicto irá confirmar o que todos já sabemos desde há muito mas, outras prioridades foram julgadas que não as da humanização, socialização e acompanhamento imprescindível da repovoação humana de Portugal, criando e ensinando novos portugueses, em lugar da abertura das fronteiras, para quem quiser ganhar dinheiro e na volta enviá-lo para os países de origem, alimentando logicamente os estrangeiros.
- Racismo não mas um mínimo de lógica na assistência, em favor das mais valias, redução do desemprego e sua precariedade, o fundo de reformas necessita da solidariedade e contributos dos mais novos, visionário não serei nem será necessário tirar um curso nocturno, para que outras soluções dêem luz… já que esta parece estar arredia.
- Com a algazarra e o choque provocados, não se chegará a qualquer entendimento, os indecisos ficarão de boca aberta face a explicações tendenciosas ou despropositadas, sabendo-se que uma só das partes ganhará, mas a clivagem permanecerá como estigma, enquanto as suas causas não forem debeladas.
- Quer se tratem estes assuntos, em termos de religiosos, científicos ou no campo da justiça, qualquer deles quer vender o seu peixe utilizando a sua posição de influencia e demagogia, procurando a superioridade dos seus valores mas, que outros já não lhes reconhecem, com iniciativas á força e instintivamente no meio de plebeus e, quando estes se desligam, acenam-lhes com a vida e a morte…
- Porque o debate de ideias está envenenado, não adianta nada, não ensina, não esclarece…ainda que eu esteja enganado, gostava de saber quem de boa fé muda de ideias com tal facilidade.
-Inquinado que está o debate, quem confia nas palavras de quem? A não ser por subjugação e caciquismo, todos sabemos pensar e reflectir? Quais os interesses envolvidos ainda que indeléveis, alimentam as várias opiniões? Alguns Empresários ou Administradores de alguns Bancos que condições impõem para a admissão das mulheres, sem que as leis se façam cumprir? Porque será?
- A política tem destas coisas, compreensíveis para alguns e dúbias para muitos.
- A linguagem utilizada com altivez por alguns após as últimas eleições, o rigor da governação, a legitimidade que lhes assiste para apresentar legislação (quando necessária), modificar leis (quando não atinjam a sua especificidade de base) e fazer cumprir as leis (regulamentadas), não se sabendo o porquê destas falácias, na gíria diz-se que ninguém pode invocar o desconhecimento da lei.
– Aborto voluntário dizem uns… aborto a pedido da mulher, dizem outros.
No meu entender, será uma tentativa para colocar regras num assunto que indevidamente tem sido tratado no foro policial, um assunto intimo da mulher difamado em praça pública, uma fonte de receita sem tabela nem apreço pela vida da mãe e suas consequências futuras
Neste debate de falsários não ouvi dizer do que se trata – Abortar será uma questão de capricho ou influencia, será um troféu da etapa da vida d uma mulher ou será o corolário de pura abstracção? Não tentem iludir-nos por favor.
- O Causídico Baltasar é espanhol e não faz serviço neste lado da fronteira, o que é pena, pois algumas questões certamente teriam resposta jurídica, muito antes e ainda longe do ano de 2009, quanto mais não fosse para lembrar as falsidades inventadas neste Referendo, bem assim cobrar os prejuízos pelo tráfico de influencia.
- Pelo “ SIM “ e nunca pelo não, eu irei votar SIM sem dogmas nem receios, é atitude lógica para quem pretende ter a certeza do acompanhamento das mulheres portuguesas, que não se deixam intimidar nem iludir, teimando acompanhar os seus bebés desde início, em local certo e clinicamente apropriado.
João Pedro Roma
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