terça-feira, 14 de novembro de 2006

A TERRA DO ENDOVELICO VI

a terra do endovelico.jpg

Introdução:

Autorizado pelo Autor, o Alandro al propõe-se divulgar extractos da obra, dando especial atenção aos locais (do nosso Concelho), onde a mesma se desenrola.
Não só aos que fazem parte deste Concelho, mas a todos, aconselhamos vivamente a leitura de A TERRA DO ENDOVÉLICO – O DEUS DOS LUSITANOS.
-Viriatho!!! – gritou o Alto Sacerdote para os céus.
Um silêncio enorme voltou a pairar sobre toda a parte… os Druidas estavam também em silêncio. A chuva desapareceu e a terra parou de tremer. O cavalo branco, como por magia, também já não estava na Aldeia. E Viriatho chorou pela primeira vez, chorou ruidosamente dando, por fim, sinais de vida.
O Alto Sacerdote dos Druidas, que segurava Viriatho, fez por cima do corpo do bebé uns gestos rápidos com a mão direita. Depois todos eles baixaram as falcatas e um deles, que parecia ser uma mulher, foi ter com a criança e colocou-lhe, nos delicados pulsos, umas pequenas virias de cabedal, dizendo:
Estas virias representam o poder que terás nesta Terra de Luz! – a sua voz era melodiosa, parecia um pássaro a cantar.
Então todos os Druidas fizeram novamente um círculo à volta de Viriatho, que foi deitado na terra, e disseram:
Filho da Luz! Filho de Endovélico!
Filho da Luz! Filho de Endovélico! – repetiram todos os Druidas.
O silêncio voltou por um pequeno instante. Depois o Alto Sacerdote, ainda com Viriatho nos seus braços, entregou-o delicadamente a Antor.
- Tomai Viriatho! Ele será, num dia próximo, o maior de todos os Chefes Guerreiros! O seu nome vibrará por toda a eternidade! Todos falarão dos seus feitos guerreiros, da sua sabedoria como Chefe, da sua liderança de todos os povos da Lusitânia!.......

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