quarta-feira, 25 de outubro de 2006
A TERRA DO ENDOVÉLICO
Introdução:
A Terra do Endovélico – O Deus dos Lusitanos – é um romance histórico escrito por José Galambas, e cuja acção se desenrola em locais do Concelho do Alandroal.
A obra com prefácio de Manuel Calado e ilustrações de Eunice Gomes, editado pela Zéfiro, ficciona uma história de amor vivida pelos nossos antepassados, sob as bênçãos do Deus Endovélico.
Depois de autorizado pelo Autor, o Alandro al propõe-se divulgar extractos da obra, dando especial atenção aos locais (do nosso Concelho), onde a mesma se desenrola.
Não só aos que fazem parte deste Concelho, mas a todos, aconselhamos vivamente a leitura de A TERRA DO ENDOVÉLICO – O DEUS DOS LUSITANOS.
....A cabana de Tholl e Sylya era redonda assim como todas as outras da aldeia. Todas feitas de grandes pedras, eram moldadas de forma a ficarem em círculo, uma por cima das outras. Ao serem construídas, era sempre deixado um espaço em aberto que fazia de porta, que geralmente era tapada por um pano grande ou com peles de animais. Ao centro das cabanas era colocado um tronco de madeira que sustentava por cima pequenos ramos entrelaçados cobertos com palha e folhagem seca. O interior da cabana onde estavam era muito confortável e estava dividido em três pequenas divisões: numa ficava Sylya e Tholl a dormir, noutra Crathos e a Anaya e a outra era onde normalmente se alimentavam, mas agora também servia para Maryah e Cyrus dormirem.
Maryah sentou-se num pequeno assento de pedra que rodeava todas as partes do interior da cabana, quando os três jovens chegaram finalmente.
Então meninos, onde foram passear? – perguntou Sylya com um olhar directo e intenso para o seu filho Crathos.
- Estivemos a tentar caçar um javali, mãe! – disse Anaya, perante o olhar reprovador do irmão.
- Só que acabamos por ser nós a presa!
- O que aconteceu? – perguntou Máryah levantando-se de espanto.
-Três javalis perseguiram-nos, mas estamos todos bem. Ainda não foi desta que Crathos trouxe o javali aos ombros para a nossa aldeia. – disse Anaya a rir.
- Um dia acontecerá irmã! Um dia! – disse Crathos desgostoso.
- Pois, pois. Que obsessão meu filho! Sabes que não gosto que vás assim para fora da aldeia sem me dizer nada. Máryah estava tão preocupada com Cyrus. Meus filhos, onde estão as boas maneiras para com os nossos hospedes? Assim que eles chegam comportam-se desta forma?
- Pois...mãe. Peço-te desculpa Máryah...mas mãe se eu te dissesse onde ia, tu nunca nos deixarias sair da aldeia, não era? – disse Crathos virando-se para a mãe de Cyrus.
- Muito possivelmente Crathos! – disse Sylya.
- Cyrus! – disse Máryah.
- Temos que ir ao sacerdote Ryur, ele espera-nos.
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