terça-feira, 31 de outubro de 2006

SABER DAR A VOLTA AO TEXTO

NOITE DO RÉPTIL
DIA 23 NOITE DO RÉPTIL NO ALDRABAR ATREVA-SE E APAREÇA!
Era a notícia publicada aqui no blogue no dia 23 de Outubro de 2004.

Mas…
Esta noite do réptil teve um desfecho que não era precisamente aquele que os organizadores pretendiam.
No entanto realizou-se.
Porque muitas vezes é preciso saber “dar a volta ao texto” e ridicularizar quem tem pretensões a”lixar” o próximo.
Porque não deixa de ter uma certa graça, e demonstra que a cabeça não serve só para usar o chapéu, e será mais uma história que os vindouros recordarão, aqui lhes conto a
história da noite do réptil:


Propunha-se o Marroquino que, contactou a Gerência deste estabelecimento de diversão nocturna, sito no Alandroal, fazer uma demonstração com as suas cobras e bichos afins, da exótica arte de “encantar” os répteis, fazendo-os sair, ondulando, do cesto onde habitavam, ao som das notas musicais do seu pífaro.
Acertado o cachet, procedeu-se à divulgação do espectáculo não só na localidade, como também nas terras limítrofes. Tanto assim que até neste modesto espaço se deu conta de tal acontecimento.
Só que, alguém, (há sempre alguém que tudo faz para lixar o próximo) por qualquer motivo, não ia à bola, com a gerência do “Aldrabar” resolveu alertar as autoridades, do “crime” que ali se iria cometer.
Vieram de Estremoz as autoridades competentes, dispostas a confiscarem os ditos répteis, entrados ilegalmente no País, assim como, dispostas a fazerem pagar caro a ousadia não só do artista como do proprietário do bar.
Mas, nestas coisas, aparece sempre um amigo, que resolveu pôr ao corrente a organização, do que as autoridades premeditavam.
O amigo Marroquino e os seus répteis, cavaram logo para bem longe do Alandroal, e nunca mais ninguém lhe pôs a vista em cima.
O pior é que muita gente veio de fora e com os habitues da casa a mesma esgotou. Misturados com a multidão lá andavam as referidas autoridades prontas a cumprir o seu dever, mal o “artista” iniciasse o espectáculo.
Aflito e sem saber como se havia de justificar perante os fregueses, ficou o nosso amigo proprietário do local. Desabafou para dois amigos, por acaso dois irmãos, a sua desdita. E, da mente destes, saiu a solução para o problema.
Luz difusa, turbante (por acaso uma toalha) na cabeça, um pífaro, um cesto, uma corda lá dentro, com a ponta desfiada, um fio de coco na extremidade que o outro irmão levou para o primeiro andar, as pessoas a uma certa distância, não fossem os “bicharocos” fazer das suas (cobras venenosas!) … e pronto. Uma pifarada, e a ondulante cobra (a corda) a ondular fora do cesto, erguendo-se pelos ares.
E …tudo acabou em bem. As autoridades aperceberam-se do logro, deram meia volta, maldizendo o delator. A assistência rindo a bandeiras despregadas, não sei se da ridicularização das zelosas autoridades, se do estratagema montado. O proprietário do bar dos lucros alcançados, e os pais da ideia da partida pregada e da “boleia” ofertada no consumo da noite a que merecidamente tiveram direito.

(Nota do autor: Talvez nem tudo fosse assim como o descrito, mas que o facto ocorreu lá isso ocorreu, e como diz o ditado: quem conta um conto, acrescenta um ponto.
Um abraço amigo para o Gilberto, e manos Clarés – Excelentes pessoas [por sinal])


Xico Manel

Sem comentários: