No passado fim-de-semana, embora o tempo não estivesse favorável, mais uma vez as saudades (da família, dos amigos, da torre do relógio, da fonte, etc.) e porque não tinha ainda visto em acção a minha Equipa, lá fui de abalada até ao Alandroal. Ou não tivesse eu em pequenino comido figos de Carambou e bebido água do Cidral (esta é só para os mais velhos).
O dia não se prestava para grandes visitas e tão pouco para ver, com olhos de ver, o que de bom ou de mau se vai encontrando em cada visita que se faz, mas uma voltinha pelos principais locais, permitem aquilatar e tecer algumas considerações sobre o progresso ou retrocesso da minha terra.
E, como não podia deixar de ser há coisas que assinalo como positivas e outras que não sendo negativas me causam alguma estranheza.
É bonito constatar que entrando pelo lado onde estavam os antigos lavadouros, os mesmos foram transformados num útil jardim-de-infância, em contrapartida dá muito mau aspecto e um ar de abandono os muros caídos com que de imediato somos confrontados. A Praça continua imponente, e para tal muito contribuem as altaneiras palmeiras, um ícone da nossa terra, que esperamos seja conservado, e embora a chuva caísse pertinente foi com agrado que vi “visitantes” fotografando a Fonte. Já o mesmo não posso dizer das árvores que substituíram as laranjeiras, assim como das inestéticas palmeira, que embora vingando, ladeiam a rua Dr. Manuel Viana Xavier Rodrigues. Parecem-me deslocadas face às habitações que ladeiam a rua.
E porque no Café habitual, os amigos conversadores primaram pela ausência, (talvez o mau tempo, talvez cada vez sejam menos, a idade não perdoa e o aconchego do lar vai substituindo as horas de conversa, eu por cá faço o mesmo), deu tempo para constatar que se a futura Biblioteca corresponder ao aparato dos taipais, vamos ter grande obra, tal como, os Arrequizes, o Centro Transfronteiriço, ou mesmo o Recinto de Exposições e Feiras, que me pareceu com um ar bastante desolador, agora que inactivo. E digo eu, não seria altura de começar a colocar umas árvores no recinto? Faz tanta falta a sombra durante a Expo! Não teriam ficado ali bem melhor as ditas palmeiras?
Pela primeira vez fiz o percurso Eiras, Parque Industrial…gostei de ver.
Outro tanto não direi do já ultrapassado Campo de Futebol. È triste constatar que de todos os Clubes que disputam o Campeonato onde o J.S.A. está, o nosso Campo é o pior. O Alandroalense não só pelo lugar que presentemente ocupa, como também pela projecção que tem trazido para o Alandroal merece mais. O mesmo direi da assistência que frequentemente vejo nos jogos. São sempre os mesmos. Que é feito de tantos que defenderam as cores do J.S.A., desde treinadores, directores, jogadores adeptos do futebol?
Já de regresso, ainda passei e agora, já controlei a nova rotunda. Ainda que inacabada, dá para ver que é grande obra, direi mesmo megalómana (à João Nabais… mas a verdade é que Pombal na altura, Duarte Pacheco no seu tempo [ainda hoje estou convencido que não tendo acontecido a sua trágica morte o Castelo do Alandroal não tinha aqueles “carraços” colados às suas muralhas], e mais recentemente Ferreira do Amaral e as suas auto – estradas ou mesmo Cavaco e o seu CCB, Expo e Ponte, foram acusados de megalómanos… e o resultado está à vista.
Por fim, não me parece que a saída do Alandroal pelo Largo Major Roçadas, seja o mais correcto. São demasiados sentidos proibidos, que obrigam a uma saída por São Bento, que o diminuto transito não justifica.
Saudações Marroquinas
Xico Manel
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