terça-feira, 1 de agosto de 2006

Crónicas do Endovélico I - Por Mafalda

Associativismo Juvenil
Há dias atrás fiquei agradavelmente surpreendida quando me apercebi que há um grupito de malta nova a querer “reabrir” a Associação “Amigos do Alandroal”. E a surpresa acontece por dois motivos: em primeiro lugar porque volta a haver vontade de se querer arrancar com o Associativismo Juvenil no Alandroal, e em segundo lugar, porque parece renascer a vontade de querer fazer qualquer coisa para que o “estado de coisas” não se amofinar, e o Alandroal deixe de ser uma “aldeia fantasma” onde ninguém faz nada e onde a iniciativa tem de se vestir de cores partidárias.
E quando me convidaram, fiquei particularmente feliz, uma vez que, como dirigente da maior associação de jovens de Portugal (Corpo Nacional de Escutas) tenho uma postura profundamente activa no que diz respeita ao Associativismo, principalmente ao Juvenil.
E nem a talhe de foice, nessa mesma semana é aprovado (23 de Junho de 2006) o Regime Jurídico do Associativismo Jovem pela nossa Assembleia da Republica. Aliás, um diploma urgente e necessário, pois há muito que se fazia sentir uma profunda confusão nestas matérias do Associativismo, em particular do Juvenil.
E se enquanto pelo país fora o Associativismo assume um papel fundamental na própria dinâmica de exercício da cidadania, (de preferência de uma forma responsável e a – partidária), no Alandroal, infelizmente, a iniciativa tem sido limitada. Limitada não na falta de vontade, acredito, mas no continuar de projectos. E contra mim falo, pois também me deixei arrastar pelo comodismo, de um projecto como o “Férias em Festa” que era querido e assumido voluntariamente por um Grupo de gente jovem aqui da terra, hoje só ficam as fotografias que guardámos no coração.
Fiquei feliz…será desta que se arranca com uma Associação que promova hábitos de vida saudável, que promova a solidariedade entre as gerações (tão essencial num concelho com uma taxa tão alta de população envelhecida), que promova, porque não, a lógica do trabalho pelo esforço e mérito próprio, e não o facilitismo do emprego público? Cá estaremos para a avaliar.

23 de Julho de 2006
Mafalda G Rosa

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