terça-feira, 4 de maio de 2010

POETAS DA MINHA TERRA - JOÃO PEDRO ROMA

ALANDROAL - CARTA QUE NUNCA ESCREVI…


Nesta palavra saudade,
Tão pequena de tamanho,
Antes que queira não cabe
Toda a saudade que eu tenho!

Era da minha vontade
Escrevê-la vezes sem fim,
Muito embora, mesmo assim,
Não te diria metade
Do que sinto de saudade
Porque estás longe de mim!

Fiz um rascunho e rasguei,
Não sei escrever-te, não sei!
Mas se não bastam palavras,
Se sou assim tão mesquinho,
Cartas minhas não as abras,
Não abras, que o meu anseio
É mandar-te p’lo correio
O coração inteirinho.

E não fiques em cuidado
Que se perca um coração
Não ganhou em se perder…
Tem o teu nome gravado,
Leva a tua direcção,
Por força vai aí ter.

E sabes porque a mandei?

Não sei escrever-te, não sei…
Também quis mandar-te um beijo
Com cinco letrinhas só,
Era apenas o desejo
O tal beijo metia dó…

Nem um beijo para ti
Que dissesse o meu afecto,
Podia caber aqui.
Não chega o alfabeto
Nem que fosse de A a Z
Quanto mais de B a O!

Mandar-te beijos p’ra quê,
Se não dava nem um só?
As cartas que eu comecei !!! …
Não sei escrever-te, não sei...

JPBR10504

4 comentários:

  1. AMIGO XICO, O JOÃO ROMA DIZ A CARTA QUE NUNCA ESCREVI, E ACHEI NO BLOG DO AMIGO VARANDAS ESTA CARTA QUE ALGUEM ESCREVEU E QUE EMBORA SIMPLES, DE GRANDE NIVEL NO MEU ENTENDER E GOSTO PESSOAL, AQUI VAI PARA VERES, UM ABRAÇO.



    Carta para o Sr., Presidente João Grilo

    Sr., Presidente, tenho 68 anos, nasci e moro em Terena, e votei no Sr. porque queria que as coisas mudassem de facto para melhor.
    Não tenho muita escolaridade e peço desde já desculpa a todos e ao Sr. em particular, pelos meus erros pois tenho um português á antiga e ruim.
    Sr. Presidente, não é bom para ninguém que faça as coisas baseadas em ódios, vinganças, e prepotências, este assunto incomodou-me pois tenho netos piquenos, e acho que não há no mundo nada mais importante que as crianças, se existe possibilidades de se construir alguma coisa para o bem estar das crianças, é de avançar seja de quem for a ideia.
    O Sr. tem que perceber que está onde está para nos servir a nós que em si votamos, e não para se servir a si próprio, o que interessa, é o que é melhor para o Concelho e a sua população, e não o que o Sr. acha ou não acha, se não conseguir separar estas coisas nunca será um bom governante, e não passará de mais um politico sem escrúpulos como são a maioria dos políticos portugueses.
    Se tiver que engolir sapos para bem do nosso conselho, que o faça, tenha coragem para tomar as decisões certas mesmo não concordando com elas.
    O Sr. dispensou, e encostou pessoas com valor que foram substituídas por outras menos competentes, e noutros locais como no Fórum dispensou e não substituiu, ou seja acabou com tudo mesmo o que vinha sendo bem feito só por questões politicas e ódios antigos. Sr. Presidente para isso já cá tínhamos o outro o Sr. veio para mudar não para continuar.
    O Sr. é o Presidente eleito, estamos todos nas suas mãos e decisões, por favor mude e faça o que é melhor para todos nós e não o que é melhor para os seus interesses, mostre que de facto não é mentiroso e que vai mudar as coisas.
    Desculpe mas tinha que lhe dizer isto, não sei se terá conhecimento mas penso que sim, estou consigo e acredito que não nos vai deixar mal.

    Manuel António

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  2. Não há dúvida que temos aqui mais
    um conterrâneo com Alma de Poeta!

    Parabéns João Pedro, muito bonito.


    Apenas por brincadeira
    resolvi fazer esta quadra,
    perante o que li aqui,
    eu não tenho pedalada!!!

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  3. Muito bem escrita a poesia "Carta que nunca escrevi". Em jeito de dedicatória às palavras do poeta João Pedro Roma, que não sei quem é, deixo estas palavras sobre a lenda de como se formou o rio Mondego.

    SAUDADE

    A saudade dói lá no fundo!
    Uma dor constante, sentida...
    Sem se saber controlar.
    Não há outra no mundo
    Que deixe a alma perdida,
    De tanto querer amar!

    Assim uma donzela especial
    Por um jovem se encantou...
    Nobre cavaleiro D. Diego.
    Quando à terra natal
    Ao seu castelo regressou,
    Nunca mais teve sossego!

    Da sua janela chorava
    Pelo seu querido amigo...
    Chorando esse grande amor!
    As lágrimas que derramava
    Formaram o rio Mondego,
    Mas não levaram a dor!

    E assim nasceu a lenda
    Da história desse rio
    Que corre em Coimbra.
    Na sua água profunda,
    O mesmo olhar vazio...
    A ninguém mais lembra!


    Matias José (07-04-2009)

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  4. Dois momentos Altos de Poesia!!!

    Obrigada aos dois conterrâneos!

    "Oh gente da minha Terra"...
    tanto Talento há aqui!
    Eu fiquei maravilhada
    com os Poemas que li!!!

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