terça-feira, 13 de abril de 2010

EM APÊNDICE AO CINE-CLUBE DOMINGOS MARIA PEÇAS

FÉRIAS EM ROMA



Vamos hoje terminar este ciclo de comentários cinematográficos dedicados à cidade de Roma.
E vamos terminar com um filme que não é italiano e que não pertence ao género neo-realista, que é tanto do meu agrado, como já devem ter reparado.
O filme é americano e conta na sua ficha técnica e artística com alguns dos maiores nomes do cinema americano. Desde logo, o realizador, William Wyler, é dos valores mais seguros, de todos os tempos, da Sétima Arte. Teve dez nomeações para os óscares em 1954, tendo ganho três estatuetas.
A história é um bocado lamechas, o que não impediu que o filme tivesse, na época, um grande sucesso.
Trata-se de uma princesa que, cansada dos protocolos reais, resolve tomar uma identidade plebeia e viver, durante uns tempos, incógnita, na cidade de Roma. É claro que encontra o grande amor da sua vida na pessoa de um jornalista americano. Uma espécie de Gata Borralheira ao contrário: Desta vez quem é nobre é ela. Como vêem, nada de especial neste aspecto.
O que é especial, neste filme, são as imagens de Roma. ( como já devem ter reparado eu tenho uma grande paixão por esta cidade, paixão essa que me parece ter ficado bem patente nas crónicas anteriores. Desculpem lá eu trazer sempre este assunto à baila. )
Desta vez, a perspectiva de que Roma nos é mostrada tem muita originalidade. De cima duma lambretta, nem mais nem menos. O jornalista ao guiador e a princesa no banco de trás. Mesmo assim, Roma é linda.

Vamos à ficha técnica e artística :

Título original : Roman Holiday
Título Português : Férias em Roma
Ano de Produção : 1953
Realizador : William Wiler
Argumento : Ian Mcleillan Hunter ...
Protagonistas : Gregory Peck, Audrey Hepbur, Eddie Albert ....




Para além de eu ser um cinéfilo empedernido e gostar muito da cidade de Roma, tenho uma outra paixão, menos ardente nos últimos tempos, é verdade, mas, ainda assim, com força suficiente para não deixar passar em claro uma curiosidade relacionada com este filme.
Como já disse, " Férias em Roma ", foi nomeado para dez Óscares e dessas dez nomeações ganhou três :

Melhor actriz principal : Audrey Hepbur
Melhor Guarda Roupa : Edith Head
Melhor Argumento : Ian Mcleillan Hunter

E a curiosidade surge ligada ao autor do argumento: Quando na cerimónia de entrega dos Óscares, foi anunciado o vencedor, não apareceu ninguém para receber o prémio. É que o premiado não existia, Ian Mcleillan Hunter, era um dos pseudónimos de Dalton Trumbo e este argumentista estava banido de Hollywood. Fazia parte da " lista negra " - lista de indivíduos impedidos de trabalhar na industria cinematográfica - elaborada pelo Comité de Actividades Anti-Americanas, dirigido por um tal senador McCarthy e pelo então congressista Richard Nixon que, no fim da década de sessenta, viria a ser Presidente dos Estados Unidos, como todos sabem e, também como todos sabem, viria a renunciar ao mandato devido às falcatruas que cometeu enquanto Presidente, no âmbito do processo de Watergate.

Pois bem, Dalton Trumbo, depois de ter estado exilado no México, continuou a escrever argumentos sob os mais variados pseudónimos durante muito tempo e só recebeu o prémio correspondente a este filme cerca de trinta anos depois. O seu crime era pertencer ao Partido Comunista dos Estados Unidos.

Este foi o primeiro filme americano de Audrey Hepbur. Todos ganhámos muito com isso pois viria a tornar-se numa grande actriz. Quanto a Gregory Peck apenas confirmou o talento que já vinha demonstrando há muito tempo. William Wyler, o realizador, é um dos grandes desta arte.

Este filme foi exibido no Alandroal no fim da década de cinquenta pelo Sr. Domingos Maria Peças.
RC

12 comentários:

Anónimo disse...

Soube de fonte segura que em relação ao cinema o presidente Grilo está a negociar a compra de uma máquina digital para o Fórum Cultural.
É de estranhar, pois tomara muitas terras do nosso Portugal terem a máquina que nós temos que estará um pouco ultrapassada mas é de boa qualidade.
Mais é de estranhar porque é que se acabou com o cinema e agora se quer fazer um investimento(que não se justifica) para o mesmo.
Se bem me lembro o argumento para acabar com o cinema foi o do costume - falta de dinheiro. Será que agora já estamos ricos?
Seria bom que este executivo soubesse de uma vez por todas o que quer e o que não quer.....Entendam-se pôrra!

Anónimo disse...

Obs.


Também gostei muito das cores,dos ocres,da língua,das belas italianas e de quase todos os monumentos de Roma. Mas o que mais me impressionou, em Roma, foi tanto a grandeza do Coliseu,e o romantismo da Fontana de Trevi quanto o fausto monumental do Vaticano.
Em todo o caso,Roma,continua a transcender-nos porque foi também a capital de um histórico império europeu
baseado em césares e adrianos imperadores,na sua língua imperial em super estradas e no pujante cristianismo ecuménico.Como era o daqueles tempos.
Que,aliás, se projectou e até influenciou o actual modelo de construção europeia agora sob o nome de União Europeia...daí as reticências em relação à Turquia.
Acrescento, no entanto, que senti um certo desconforto em Roma (como em Atenas...)com o Tibre.É um rio estreito e curto e um regato sujo com umas pequenas pontes.É um nada fluvial que o nosso Tejo engole e mete no bolso num ai.Ah grande Tejo,e grande luminosidade,eternas e cantadas tágides camonianas.
Curioso é também asinalar que o poder imperial romano, nunca teve uma simpatia, por aí além, em relação a um povo extremo de pastores Viriatos e iberos que lhe foram (ou fomos sempre) recalcitrantes em relação ao centralismo político e parasitismo económico de Roma.O trigo sempre foi um problema.Como é hoje o petroleo.

Ocorre-me mesmo perguntar ao Senhor de R.C.
se pode dar-nos outra visão de Roma como,por exemplo, a dos "Feios,porcos e maus" de um outro grande filme italiano
Pode pedir-se,por fim, termos e/ou uma palavra equivalente de:"sondar,abordar,contactar"...
que,
como hei-de eu dizê-lo, se adaptem a pretexto das pequenas Romas,à descrição dos "romanos" destes nossos dias que o Alentejo ainda parece que, aqui e além, os vai tendo?

Com as melhores saudações

António Neves Berbem

Anónimo disse...

Ao comentador de 13 Abril, 2010 14:45 digo que também já ouvi por ai vários comentários, sobre o intuito da autarquia comprar a tal maquina de cinema digital, espero que depois da compra haja cinema, e também eu acho isso muito estranho, para quem defendia que tem que haver sustentabilidade nos eventos, e conhecendo bem a minha terra e as pessoas da minha terra, só se fossem filmes de sexo e mesmo assim duvido.
Possivelmente já são as boas orientações do tal catedrático que vem orientar a cultura, e pelos vistos com um salário baixinho, estamos cá para ver essa nova novela de ser B.
É QUE CATEDRÁTICO COM UM SALÁRIO BAIXO, E COM TAMANHA COMPETÊNCIA, DÁ PARA DESCONFIAR.
QUEREM GALINHA GORDA POR POUCO DINHEIRO, VAI DAR MERDA DE CERTO……

Anónimo disse...

Eu continuo a não achar viável essa
hipótese. No entanto, a confir-
mar-se, então aí sim,haverão muitas
"fitas"..., de cinema, é claro!...

Teodoro do Sonoro.

Anónimo disse...

Como dizia aqui há dias um antigo presidente da Câmara do Alandroal, a pessoa que podia e sabia fazer alguma coisa na área cultural, foi-se embora, e ainda bem para ela, porque foi trabalhar com populações maiores e logo com mais percentagem de gente virada para a cultura, e livrou-se destas intrigas de baixo nível de que são sempre alvos os filhos da terra.
Já deu para perceber que este executivo talvez de cabeça quente, não percebeu que arranjar para substituto de quem sabe programar, com conhecimentos para conseguir preços abaixo de mercado, e com conhecimentos técnicos de material audiovisual, não vai ser fácil arranjar.
Dizem que vem para cá um bom profissional, mas será que tem conhecimentos para arranjar as melhores condições? E a questão técnica, quando o nosso Rafael não der conta do recado a pessoa sabe do assunto ou é preciso contratar um técnico mais experiente, ou pagar mais para que o técnico venha com os artistas.
O presidente Grilo subestimou quem cá tinha e a quem ele próprio reconhecia mérito, talvez por vingança ou outra coisa qualquer, e está mais que claro, que muita gente, incluindo algumas pessoas que votaram MUDA e estão com este projecto, não vamos pactuar nem aceitar de ânimo leve tamanha irresponsabilidade.
O Senhor presidente Grilo tem que perceber que está á frente de uma grande empresa, e que quando um gestor dispensa alguém competente, tem que se ter a certeza que arranja para o lugar alguém ainda mais competente e com mais capacidades, se não for assim, o incompetente é o gestor e tem que ser chamado à responsabilidade ou demitido.

Carlos Ribeiro

Anónimo disse...

SE TIVESSES QUE ACORDAR CEDO PARA IR TRABALHAR NÃO VIAS FILMES A MEIO DA SEMANA ATÉ ÁS 3 DA MANHÃ E NÃO DEVES TRABALHAR Á NOITE PORQUE SENÃO ESTARIAS ACORDADO MAS NÃO ESTAVAS A VER FILMES, ALIAS UMA PESSOA COM UM NOME DESSES É UMA VERDADEIRA PERSONAGEM DE CINEMA, SE CALHAR ÉS DA ÁREA DA SÉTIMA ARTE, TALVEZ MAQUILHADOR.

Anónimo disse...

Resposta ao comentador anónimo das 10.45 do dia 15 de Abril :

Acertaste no ponto. Não tenho que me levantar cedo para ir trabalhar. A minha actividade é nocturna.
Sou vampiro.
O sol faz-me mal à moleirinha.
Até me tira a visão. Depois da minha ronda pela noite, quando já tenho o papo cheio de sangue fresco, por vezes, dá-me para ver televisão. Ontem, foi uma dessas noites. No meu círculo de compadres até me chamam o Conde Drácula, mas, o meu verdadeiro nome, por agora, é, de facto, Orson. Adoptei-o na década de trinta do século passado, em homenagem a Orson Welles, um grande homem do cinema. ( aí, não te enganaste muito ). É claro que antes de me chamar Orson, tive muitos outros nomes, pois como sabes os vampiros só morrem se lhes espetarem uma estaca de madeira no coração. Até agora tenho escapado a essa situação, embora já me tenha visto aflito.
Mas presta atenção, porque outra das minhas faculdades, para além da vida eterna, ( se conseguir escapar à tal estaca, é claro ) é identificar as pessoas que comigo metem conversa. Normalmente, reconheço-as por uma pinga de sangue que passa despercebida aos humanos, mas que eu vejo sempre no meio da testa. Portanto, fica à defesa, se fores mulher e nos cruzarmos, o mais certo é levares uma dentada no pescoço. Não te preocupes que a operação não causa dor, eu dou primeiro uma anestesia com umas lambidelas e uns beijinhos. E, no fim, se para isso estiver virado, até te "como" à moda dos humanos.
Se fores homem podes ficar descansado, o sangue masculino não entra na minha dieta.
De qualquer forma o teu comentário foi simpático. Gostei de conhecer-te.
Vamos ver se valeu a pena.

Orson W. Callabrese

Anónimo disse...

Estou em crer que o encerramento
e a reabertura do Forum, ainda vai
dar um GRANDE FILME!....

Anónimo disse...

Orson W. Callabrese, PELOS VISTOS GARGANTA NÃO TE FALTA E PELO QUE DIZES GRANDE MACHO, COMES TUDO O QUE APARECE, ÉS DE BOA BOCA.
CÁ PARA MIM PEGAS DE EMPORRÃO OU MARCHA Á RÉ....E NÃO MORDAS TANTO QUE PODES PARTIR A PLACA....
JÁ AGORA, COMO SABES O DRÁCULA MORRE COM UMA ESTACA,VÊ LÁ NÃO TE APANHEM E TE ESPETEM A ESTACA NO....

francisco tátá disse...

Teve graça a troca de insultos (daí a sua publicação), mas a partir de agora acabou. Já estão a passar dos limites

Anónimo disse...

A ARTE DE APANHAR MENTIROSOS

Caro Orson W. Callabrese, falar do que não se sabe e de uma forma leviana é feio, até porque se dizem uma data de disparates facilmente desmontáveis por falta de conhecimento do que se comenta.
Tenho a sensação que o Alandroal é pródigo em pessoas que falam da boca para fora uma data de mentiras como se fossemos todos burros ou ignorantes, uma das personagens mais famosas na arte da mentira é o nosso querido João M…. e pelos vistos temos mais um acérrimo seguidor que se chama Orson W. Callabrese.
O Sr. diz no seu comentário de 15 Abril, 2010 11:55,que adoptou o nome de Orson W. Callabrese

“ Adoptei-o na década de trinta do século passado, em homenagem a Orson Welles, um grande homem do cinema.”

Caro amigo, o Orson Welles em 1934 com cerca de 18 anos de idade começou a fazer teatro em Nova Iorque, em 1937 fundou a sua companhia de teatro, em 1938 fez o programa de rádio intitulado GUERRA DOS MUNDOS, programa que o projectou a nível mundial, penso que deve saber do que estou a falar, e, só na década de 40 é que começou a fazer cinema.
A não ser que o Sr. tenha vivido na América, aqui na Europa só se começou a conhecer o seu trabalho cinematográfico nos finais dos anos 40 inícios dos anos 50, pois como sabe ou deveria saber naquele tempo os filmes americanos demoravam anos a chegar à Europa.
Para alem disso, vê-se que tal como o presidente Grilo, o Sr. é uma lástima em contas, pois se tivesse pelo menos 15 anos em 1930 teria que estar agora na casa dos 95 anos de idade.
De facto lá diz o ditado apanhasse mais depressa um mentiroso que um coxo.
Enfim é o que dá ser intelectual de café ou da treta!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Anónimo disse...

Orson W. Callabrese, estás caladinho que nem um rato.

ÉS MAIS UM ALDRABÃO A JUNTAR Á LISTA.......
JOÃO M....FAZ ESCOLA NO CONCELHO DO ALANDROAL, MAS TAL COMO ELE OS ALUNOS SÃO FRACOS!!!!!!!!!!!!!!!!
HI,HI,HI,HI,HI
SÃO CAÇADOS FACILMENTE PELOS CAÇADORES DE MENTIROSOS, ELES ANDAM AÍ.

TOPA TUDO