domingo, 2 de novembro de 2008

POESIA NO AL TEJO

Uns versos em Blog mirar

Tantos anos aqui se desfolharam,
Dia a dia,
E dia a dia, a sua voz bem empregada nunca se calou

Ontem, eu pensei –Que posso, então, deitar fora?
Que podemos deitar fora?
Ai, Senhores, tanta coisa!
Tantas palavras sem caminho,
As pequenas ameaças
Os pequenos pecados
As calúnias pouco subtis
As flores venenosas
De almas ainda envenenadas

E hoje deitamos fora, o quê?
Ressentimentos e azedumes, se
Pensamentos impuros forem.

Sim e comodismos sem fim,
Assim como todos os altos muros
Das torres sem marfim.

E agora mesmo que fazer?
Da descrença, da indiferença face aos despeitos publicados,
Amassados em ódio e más palavras,
O que vai ficar?

Ai, Senhores,
O que vai ficar?
É quantas coisas novas pudermos ainda ousar criar.

Sem temor nem rancor, assim
Queiramos ser Livres
Enfim
Um ano novo está a chegar.

António Neves Berbém

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