JOSÉ POLICARPO
O TRIGO E O JOIO!
Ainda há poucos dias celebrámos
e comemorámos o dia da Liberdade. Contudo, as noticias dos últimos dias
remetem-nos, pelo menos a mim, remetem-me para a realidade de uma qualquer
ditadura da américa do sul ou da ásia.
Será possível num regime democrático
devidamente fiscalizado e escrutinado sucederem coisas como detentores de
cargos públicos alegadamente auferirem rendimentos pela “porta do cavalo”
durante muito tempo? Ou, existirem contratos, em que o Estado na qualidade de
representante dos seus cidadãos, beneficia as empresas privadas em detrimento
do interesse que na realidade prossegue, o interesse público, o interesse de
todos os cidadãos? Não e só possível, como, aparentemente, sucedeu. Refiro-me
no primeiro caso a um ministro da república e, no segundo, a uma empresa de
distribuição de eletricidade.
Não pretendo com estas
referências “atirar pedras” a quem já tem problemas com a justiça e contribuir
para o seu avolumar. Aliás não é da minha natureza “atacar” aqueles que já têm
muito para se defender. Todavia, o problema destas questões, não é só o
jurídico/judicial é, também, e, sobretudo, o político.
O certo é que estes “casos” não
são singulares, a fazer fé nas notícias. Poderemos então concluir que, o Estado
não tem agido como uma pessoa de bem, mais vezes do que é aceitável. Com
efeito, só há um caminho para regenerar um regime que aparente está doente. O
da separação do “trigo do joio”. Mas fica no ar a pergunta: será que existe
mais joio do que trigo? Para bom entendedor acho que não é difícil a resposta..
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