sexta-feira, 27 de abril de 2018

A CRONICA DE OPINIÃO TRANSMITIDA HOJE NA DIANA/FM


                                                                                                         RUI MENDES
                                  AGUARDAR PELA PRÓXIMA DÉCADA
A acreditar pelo optimismo dos nossos governantes vamos “entrar numa época de ouro”.
Para tudo se aponta uma data para estar resolvido. Naturalmente que a solução acontecerá sempre daqui a alguns anos. As coisas demoram o seu tempo a ter uma solução.
Ficámos a saber pelo Programa de Estabilidade apresentado pelo governo que nova descida de IRS só acontecerá em 2021, ou seja, assume-se algo para um próximo governo “cumprir”. Quer isto dizer que as taxas praticadas se manterão em 2019 e 2020.
Para quem tanto defende a redução dos impostos sobre o trabalho até nem está mal. Como em tantas outras coisas o governo defende uma coisa e pratica uma outra. É o que temos.
Ainda recentemente, no passado mês, um estudo apresentado pela Comissão Europeia concluía que a reforma do IRS anunciada em 2017 pelo actual governo, e que se encontra a ser aplicada, agrava as desigualdades entre ricos e pobres.
O estudo analisou cada uma das medidas que tiveram o seu início de aplicação em 2018, concluindo que existe actualmente uma distribuição de rendimentos mais desigual. Algo que assim se tenderá a manter.
O que interessa a este governo é recolher imposto e mais imposto. Diremos que está no seu ADN.
O anterior governo quando foi “obrigado” a fazê-lo veio assumi-lo e dizer porque o fazia.
A actual solução governativa bem soube criticar o “colossal” aumento de impostos que nos foram aplicados em 2012, mas depressa esqueceu a sua eliminação. Pelo contrário, governa ainda com uma maior carga de imposto. Soube trocar impostos directos por indirectos e com isso os efeitos da carga de imposto é menos perceptível ao comum dos contribuintes. Veja-se o exemplo do ISP (Imposto Sobre Produtos Petrolíferos e Energéticos) em que o seu aumento já é semanal.
Este governo aproveitou o contexto que havia sido anteriormente criado, transformando algo que teria um efeito transitório para o ir mantendo em definitivo.
Mas não desesperem, afinal já só falta um pouco mais de dois anos e meio para chegarmos a 2021, e acreditemos que quando lá chegarmos haverá condições para se reduzirem as taxas de IRS.
Acima de tudo tenhamos paciência.
 Até para a semana
 Rui Mendes



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