quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

CRONICA DE OPINIÃO TRANSMITIDA HOJE NA DIANA/FM


                                                     CUIDADO COM OS ABRAÇOS DE URSO!
Agora que as lideranças políticas dos partidos que têm assento no parlamento estão estabilizadas, creio eu, que estão reunidas todas as condições para que haja oposições ou oposição à atual solução governativa. Nunca é de mais relevar e salientar que não há democracia sem dialética e, por maioria de razão, sem a parlamentar.
Na minha opinião pessoal, que, por isso, só mim me vincula, não obstante os resultados positivos verificados na nossa economia, emprego e crescimento, os encargos financeiros das dívidas dos portugueses são manifestamente altos, dos mais elevados dos países da zona euro. Significa isto que, se a conjuntura externa modificar-se de um dia para o outro, bastando para o efeito, a subida do preço do dinheiro, os juros, teremos sérios problemas. As famílias, as empresas e o Estado, por razões obvias, serão logo penalizados.
Ora, se a oposição não der o enfoque necessário aos aspetos negativos da nossa vida em sociedade, não só não estará a cumprir um dever patriótico, como, também, defraudará os seus eleitorados. Mais do que acordos de regime, na atual conjuntura politica, económica e social, dever-se-á colocar em cima da “mesa” politica a sustentabilidade financeira do atual Estado. Não me parece, e, não é preciso ser economista, quem gasta 10 e ganha 8, mais cedo ou mais terá um grande problema. E nessa altura, não haverá consumo privado e turismo que nos valha, porque ninguém nos emprestará dinheiro.
Isto dito, a oposição, porque os partidos que apoiam a atual solução governativa não querem reformar nada, a única coisa que os perturba é não chegarem às próximas eleições legislativas com sondagens desfavoráveis, terá, por conseguinte, que falar claro aos portugueses. No diagnóstico que faz e nas propostas que defende para que seja assegurado um futuro digno a todas e a todos os portugueses. De contrário, mais uma vez, iremos perder uma oportunidade para mudar de vida e não deixaremos de ter uma vidinha, pelo menos a maioria dos portugueses. Será que é isso que queremos.
JOSÉ POLICARPO


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