Se outro mérito não tivesse, a recordação
de figuras carismáticas de Alandroal, é trazerem-nos à memória situações e peripécias passadas
com essas mesmas pessoas. Foi o caso do recente "ensaio para quadro de revista" que avivou a lembrança deste nosso colaborador , amigo e conterrâneo sobre o :
O MATA- PINTOS
Uma vez à saída de Estremoz, pareceu-me ver o Mata Pintos, originalmente vestido como só ele o sabia fazer. Uma mistura de benfiquista com as demais cores de Portugal.
Especialmente o amarelo em seus calções.
Assim me pareceu. Assim o fiz. Isto é, parei o carro ao pé dele e com o ar mais alandroalense que se possa imaginar, disse: "Mata Pintos, anda, entra, está frio, vamos para o Alandroal".
Estava nevoeiro, chovia, era já quase uma noite de inverno e o Mata Pinto, dispara-me: " Quem és tu?" Eu respondi: sou fulano tal, entra e deixa-te lá dessas perguntas, vamos conversando pelo caminho.
Foi, então, que do Mata Pintos veio um novo e súbito disparo em forma de assim: "que carro é este, que carripana é que trazes aí?..."
E eu, fazendo uma pequena pausa, à espera que ele acabasse por vir
comigo, de repente, oiço-o a resinar: "Não entro e não vou, vou ficar por aqui à espera até que apareça uma boleia num carro maior, com musica, e mais confortável" ( o meu era uma Mini-ima).
Sorri, ele deve ter sorrido ainda mais lá para com ele. Assim era o Mata Pinto, um homem de pequena estatura que era afinal um poço de atitudes por vezes com uma certa altura. Por vezes!
Assim me pareceu. Assim o fiz. Isto é, parei o carro ao pé dele e com o ar mais alandroalense que se possa imaginar, disse: "Mata Pintos, anda, entra, está frio, vamos para o Alandroal".
Estava nevoeiro, chovia, era já quase uma noite de inverno e o Mata Pinto, dispara-me: " Quem és tu?" Eu respondi: sou fulano tal, entra e deixa-te lá dessas perguntas, vamos conversando pelo caminho.
Foi, então, que do Mata Pintos veio um novo e súbito disparo em forma de assim: "que carro é este, que carripana é que trazes aí?..."
E eu, fazendo uma pequena pausa, à espera que ele acabasse por vir
comigo, de repente, oiço-o a resinar: "Não entro e não vou, vou ficar por aqui à espera até que apareça uma boleia num carro maior, com musica, e mais confortável" ( o meu era uma Mini-ima).
Sorri, ele deve ter sorrido ainda mais lá para com ele. Assim era o Mata Pinto, um homem de pequena estatura que era afinal um poço de atitudes por vezes com uma certa altura. Por vezes!
Assim aconteceu. Umas duas horas depois já ele estava molhado no Alandroal. Só que, por mim, bem o vi e
reparei nele, mas já não fui capaz de lhe perguntar em que carro tinha
vindo...não fosse ele soltar “um vai à
merd@” uma palavra que (o) frequentava
com grande facilidade e extrema rapidez.
Se a vontade fora a minha, a escolha tinha sido a dele.
Ao Mata Pinto, a cena e o resto bateu-lhe tudo certo! A visão descolorida, essa ficou
a meu cargo. Até ser contada hoje.
Saudações
Ao Mata Pinto, a cena e o resto bateu-lhe tudo certo! A visão descolorida, essa ficou
a meu cargo. Até ser contada hoje.
Saudações
António Neves Berbem
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