SOBRE A CONFRARIA DOS
CHÍCHAROS
( Dia de
Portugal, Ano de 2017)
- Marque 1 ( Francisco m.) para saber a origem, a história,
regras e o destino desta animadora e livre Confraria;
- Marque 2 (Hélder) para se informar sobre os tempos
de semeadura/e colheita, bem como da “qualidade proletária” dos diversos e
cozidos géneros de chícharos;
- Marque 3 (Bráulio) se pretende calcular quantas
vezes “ a Canção do Limoeiro” vai ser e terá de ser cantada;
- Marque 4 (M. Augusto) se quiser ter respostas
simples sobre problemas complexos da agricultura biológica; terá falidas respostas
técnicas imediatas;
- Marque 5 ( Dino) se quer saber como se pode ser
raramente perfeito com variadas imperfeições calando os enjoos, manias e limitações;
- Marque 6 (Tói da Dadinha) se espera ter respostas
complexas para problemas simples; ecológicos, misericordiosos; ou outros;
- Marque 7 (Martinho do Lila) para ver tetra cores
vermelhas onde muita gente também vê o azul e o verde, a preto e branco; (em
resumo, Major, andámos borrados com a deriva dos empates do Espírito Santo lá no
Norte);
Liguem 8 ( Bina
Galhardas) para perceber como nunca faltou e vem dando tudo sem esperar nada em
troca, fazendo suas as batidas amigas de um coração raro nascente nas grandes
Hortinhas;
Liguem 9 (
António João Galhardas) para falar com um herói sem capa e um guerreiro sem
espada, capaz de enfrentar os adamastores com um ou mais pensativos cigarros nas
mãos, cismando o largo oceano com os olhos postos na grande planície ;
Liguem 10 (Claré)
para anteverem as novas tendências fotográficas à volta da luz branca
incomparável dos Chícharos e dos luminosos Confrades;
Liguem 11, um/um ( João Ribeiro ) para se interrogarem
sobre como é raro, persistente e ilusório construir “um mundo novo com uma só
palavra”;
Finalmente liguem 12, um/dois
(Anb) para saber como os chícharos aconchegam os bandulhos, atravessam
as conversas e ajudam a clarear a voz e
a Torre ;
E pronto.
Por este ano,
está à vista uma equipa de “12 Chicharados” apresentada por este modo e
palavras assim constituídas justificadamente.
Acrescentem-lhe, outros amigos e amigas, mantendo o
sabor único dos chícharos sempre na mente. Sempre em frente, o elenco e o palco
pertencem-nos.
Ao fim e ao cabo, os chícharos precisam tanto de nós
quanto nós precisamos da Confraria. O panorama soturno da Vila do Alandroal
agradece. Visitantes virão. Cantares e cantorias soarão. O resultado maior, ainda
somos todos nós. Vivos, e mais uma vez, olhando para dentro das nossas memórias.
Seja na passagem de mais este ano e dos anos já vividos.
Seja até ao ano que vem. Os chícharos da região, agradecem de tão disponíveis, baratos
e saborosos que são.
No prato e nos gostos da nossa boa “natureza
alentejana”, observo-vos também que a mística constrói-se, as grandes mentiras locais
destroem e os mitos tanto podem contaminar e afundar como, às vezes, ser
salvadores. Percebendo isso e sabendo disso todos ganharíamos.
Escolham!
Tanto mais que, cá na Vila, também já houve não apenas
um, mas dois ex- salvadores. Houve um mais recente que ampliava ao limite as colunas
caras das festanças. Houve outro que barbeava, mas este, agora, anda barbeando-se
à frente de fregueses juntos, unidos, e chamados à pressa dos arredores (via
Face-book).
Lembram-se desses tempos? Ou, também, estão a
estranhar a espuma errante e enganadora destes dias?...
Saudações
Democráticas/ saúdinha da boa.
António
Neves Berbem
( 1 de Junho de 2017)
2 comentários:
Caro António Neves Berbem, o amigo escreve de facto muito bem, mas não leve a mal este meu reparo, o amigo tem o mau hábito de meter política em tudo.
O tema são os chicharos mas não perdeu ocasião de dar umas bicadas nos tais Salvadores.Não há necessidade caro A N B , até parece que o amigo também vai concorrer e tem que atacar os seus concorrentes.
No Alandroal ainda há gente com memória, de um dos salvadores não faço ideia porque não gosta dele, já o outro Salvador, aquele com quem o amigo Berbem queria vir trabalhar na ária da cultura e que nunca o convidou porque segundo o dito não lhe reconhecia competência e conhecimento profissional para isso, desse percebo o ressabiamento.
Deixe lá os políticos e as políticas em paz de vez enquanto, a toda a hora não lhe fica bem.
Carlos Alberto
OBS.
Meu caro Carlos Alberto
Por uma vez vou responder-lhe (porque, sinceramente, não sei bem de quem
se trata) para lhe dizer, com toda a lisura, que não se deve pôr a
adivinhar os meus gostos e desejos porque pode estar errado.E, além disso,
são aspectos demasiados íntimos que Você e eu,às vezes, nem às paredes
confessamos.É dos livros!
Quanto ao processo de intenções que me atribui,ainda não foi desta que
perdeu a oportunidade de "chamuscar" o seu próprio comentário com coisas
repetidas e que não são verdade. E, para lhe ser franco...a minha vida e
afazeres na altura que aponta, eram muito,muito distintamente Outros.
Quanto aos aspectos politicos estarem sempre presentes, o que é que
quer que lhe diga: é uma verdade com milhares de anos. Ou pelo menos,é
uma verdade social para aqueles que não querem ou não andam sempre
distraídos.
Por isso não se preocupe em demasia com o que escrevo. Escrevo-o
porque tenho esse direito. Esse dever. Essa obrigação. E até o
sentido de cidadania política que os habitantes da Polis deviam
poder exercer.Tanto no Alandroal como nas TV e em qualquer outro
Lugar.É o que todos os livros da Arte ensinam a fazer.
Desejavelmente,tanto no seu caso como no meu, com a maior
criatividade e liberdade. E sem confundir alhos com bugalhos. Porque
se há domínios, onde devíamos ser totalmente lives, escrever é um
deles.Censuras veladas ou não como as que tivemos, é que já não dá.
Fiquemos então por aqui. Prometo não o tornar a incomodar.
Os meus melhores cumprimentos
ANtonio Neves Berbem
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