quarta-feira, 31 de maio de 2017

MAIS UM EXCELENTE CONTRIBUTO DO JEREMIAS PARA A HISTÓRIA DO ALANDROAL

                 A BANDA DO ALANDROAL
Continuando a falar e mostrar a história do Alandroal nas suas várias vertentes, hoje venho partilhar convosco alguma informação e fotos ligadas à área da música, concretamente das Bandas Filarmónicas que aqui existiram.

É antiga a tradição musical nesta vila alentejana, remonta aos 30/40 do Séc. XIX a criação da primeira Banda Filarmónica, que segundo o Padre Joaquim Espanca, terá sido a primeira a ser criada aqui nesta região alentejana.
O responsável pelo surgimento dessa Banda foi Joaquim Maria Morte (casou no Alandroal e teve 4 filhos e 9 netos), miguelista intransigente que se refugiou na vila do Alandroal para escapar à perseguição do Liberais (1834 a 1838)


A Banda Filarmónica do Alandroal, dirigida pelo eborense JMM, foi actuar a Vila Viçosa, tocando marchas fúnebres durante as exéquias fúnebres do Rei D. Pedro V, a 20 de Novembro de 1861 e também do miguelista, Tenente Coronel José Maria da Costa Fonseca Mexia a 21 de Maio de 1852 (também ele refugiado no Alandroal durante as perseguições do Liberais).
Durante o século XX, foram várias as Bandas que aqui foram sendo criadas até chegarmos à magnífica Banda que atualmente representa a nossa vila


António Jeremias Nabais

1 comentário:

Anónimo disse...



OBS.


Regista-se, mais uma vez, a beleza documental deste conjunto de fotografias

sobre a Banda do Alandroal. De facto, a Banda, tem um longo passado repleto

de grandes momentos musicais e de sucessivas épocas consagradas à presença

e à intervenção musical e cultural na vida e Vila do Alandroal. Há mais de

um século que assim é!

Se, assim me o permitirem, vou acrescentar que sou bastante sensível a

esta recordação da nossa Banda Municipal, na medida em que "o meu pai"

aparece em duas fotografias perfeitamente visível e muito risonho. Para

ele,A Banda, em todas as suas dimensões, era um dos centros principais da

sua própria vida. Ensaiava,saía à rua,marchava,tocava a Requinta, dava

concertos, concentrava-se nas procissões, entrava em êxtase com o Hino

muito bonito de Nª Senhora da Conceição. A Banda era um seu segundo

filho.Como foi o seu segundo pai. Ali cresceu. Ali viveu.Ali morreu.

Falei aqui um bocadinho mais do meu Pai, como poderia estar e continuar

a falar de outros músicos da sua geração. Ou das gerações anteriores. Ou

ainda, das gerações mais recentes que continuam a manter a chama viva de

uma Banda que vem atravessando e faz,afinal, parte de todas as gerações

de alandroalenses.

Anote-se, por esta vez, e em justo abono da verdade que os poderes

públicos locais sempre apoiaram e vêm acarinhando a permanência da

Banda e da Escola de Musica que também a vem acompanhando formando

novas e capazes fornadas de músicos.

Postas as coisas assim, talvez ande a faltar uma Monografia mais

ampla sobre a Banda que fixe tanto o passado brilhante que já teve

quanto o futuro promissor que,por certo, continuará a ter.

A BANDA, a nossa BANDA,caros alandroalenses faz parte de todos nós!

E mais do que isso: todos temos na nossas memória o que, ontem,se

tocava por montes e aldeias do Concelho. Como vamos continuar a ter

no ouvido, o que hoje, esperamos que vá tocando nas mesmas ruas do

Concelho. Em nome do passado,do presente e do futuro.

É com toda a certeza, o melhor presente que a Vila soube dar a si

própria ao longo dos tempos.Assim como ainda é, a melhor dádiva com

que continuamos a presentear-nos actualmente. Em cada ano e por

cada geração que vai passando. É, podemos dizê-lo, uma das

obras e jóias mais perfeitas que todos, mas mesmo todos, os

alandroalenses soubemos apoiar e criar.

E vamos continuar a recriar!


Saudações


Antonio Neves Berbem