quarta-feira, 17 de maio de 2017

CRONICA DE OPINIÃO TRANSMITIDA HOJE NA RÁDIO DIANA/FM

                        UMA OPORTUNIDADE GANHA OU PERDIDA?
Os resultados da economia portuguesa divulgados por estes dias são positivos. No primeiro trimestre deste ano houve um crescimento de 2,8% do produto interno bruto, face ao mesmo período do ano transato. Porém, há uma pergunta que deverá ser colocada e sem rodeios: Estaremos no caminho certo?
Na verdade, para um não especialista nestas coisas, como é o meu caso, os factos noticiados pela comunicação social e aqueles que as instituições europeias têm vindo a tornar públicos, é de que a economia europeia cresce e os 27 países da EU não destoam desta realidade.
Por outro lado, não é despicienda a política monetária do banco central europeu na compra de dívida soberana. E, não será alheio a tudo isto, a desvalorização do euro face ao dólar, como, também, o preço baixo do petróleo. São fatores que contribuem para o crescimento de qualquer economia.
Com efeito, este quadro económico leva-me a pensar naquela imagem da “tempestade perfeita”, só que ao contrário. Tudo corre de feição ao atual executivo: Sindicados em silêncio; Confiança dos consumidores; As economias dos países parceiros a crescerem mais do que a portuguesa, veja-se o caso da economia espanhola que cresce acima dos 3% há mais de 12 trimestres; O sector exportador português a crescer.
E, por último, um caso nunca visto, é o comportamento do turismo, que, tem vindo crescer anualmente, acima dos 10%, nos últimos anos.
Por isso, de acordo com as práticas mais prudentes e menos eleitoralistas, a atual conjuntura económica e social deverá ser aproveitada para se consolidarem as reformas da administração pública tendentes à diminuição da despesa, todavia, assegurando o funcionamento sustentável do estado social. E, concomitantemente, serem aproveitados os excedentes orçamentais para o amortizar da dívida pública. Porque só assim, poderá haver uma diminuição da carga fiscal, para as famílias e para as empresas. Temo, porém, que o atual executivo tenha a coragem e a lucidez de ir por aqui.
José Policarpo



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