ANTIGOS LAGARES DE AZEITE DE VILA VIÇOSA
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Casas do Buraco do Corregedo
Vila Viçosa teve, ao longo do tempo, uma significativa importância a nível da olivicultura. Desde a Idade Média que o termo de Vila Viçosa era conhecido pela existência de significativas áreas de olival, que produziam azeitonas de boa qualidade.
Vila Viçosa teve, ao longo do tempo, uma significativa importância a nível da olivicultura. Desde a Idade Média que o termo de Vila Viçosa era conhecido pela existência de significativas áreas de olival, que produziam azeitonas de boa qualidade.
Nesse sentido, a produção de azeite era uma
das atividades socioeconómicas de maior relevância.
Em 1890, existiam na localidade cinco
lagares de azeite (que serviam também de azenhas para a moagem de cereais), nos
seguintes locais:
Pelames (no caminho para o Largo dos
Capuchos, onde estavam também localizadas quatro fábricas de curtumes)
Porto de Elvas (junto da Ermida de Nossa
Senhora do Paraíso)
Azenhas do Paraíso (próximo do anterior)
Engenho de Ferro (no caminho para o Moinho
de Papel)
Buraco do Corregedor (situado junto da
Carreira das Nogueiras e da Rua da Cruz, era um dos lagares mais antigos, que
pertencera a João Tomé, meirinho[1] de D. Teodósio II, sétimo Duque de
Bragança e que foi feito prisioneiro, juntamente com o Duque, na Batalha de
Alcácer-Quibir, em 1578).
Era o Ribeiro do Beiçudo que fazia mover
todos os lagares mencionados nesta zona de Vila Viçosa.
Na zona do Rossio de São Paulo (atual largo
D. João IV), existiam mais três lagares de azeite, no século XIX, mencionados
pelo Padre Espanca. Eram movidos pelas águas do Ribeiro do Rossio. Este curso
de águas era conhecido, no final do século XVIII, como o Rio das Sete Pontes
(pontes essas que perduraram até ao final do século XIX).
Ermida de
Nossa Senhora do Paraíso (junto deste local encontravam-se os lagares das
Azenhas do Paraíso e do Porto de Elvas)
Tiago Salgueiro
Rossio de São
Paulo (A Ribeira do Rossio atravessava este espaço e aqui existiam três lagares
no século XIX. Era também conhecida por Rio das Sete Pontes. Uma dessas
pontes é visível na imagem)
Largo dos Pelames e Paraíso
FONTES
CONSULTADAS
ESPANCA, Padre
Joaquim José da Rocha, Memórias de Vila Viçosa, 36 cads., Câmara Municipal de
Vila Viçosa, Vila Viçosa, 1983 – 1992.
Idem,
Compêndio de notícias de Villa Viçosa: província do Alentejo, Typ. De Francisco
de Paula Oliveira Carvalho, Redondo, 1892 (HG 13830 V.)
ESPANCA, Túlio
Inventário Artístico de Portugal – Distrito de Évora, Zona Sul, vol. I,
Academia Nacional de Belas Artes, Lisboa, 1978.
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Grande Tiago
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