terça-feira, 7 de março de 2017

A PROPÓSITO DE S. JOÃO DE DEUS – PADROEIRO DE MONTEMOR-O-NOVO – Pelo Prof. João Luís, Nabo

São João de Deus é o padroeiro da nossa terra, já o era quando nascemos e vai continuar a sê-lo quando partirmos. E a celebração do dia 8 de Março é uma das que, se acordo com o calendário e com o que está instituído, devemos celebrar. Será que aqui reside a questão. Após uma interrupção por motivos que agora não vêm ao tema, Montemor, comemora o nascimento (e a morte) do seu Santo com um evento de caracter religioso, a procissão. 
Á noite, e porque se celebra também o Dia Internacional da Mulher, uma manifestação musical no Cine Teatro Curvo Semedo. Acho que é pouco. O Santo da terra merecia outro destaque ao longo do ano (um cartaz bem grande à entrada e à saída da Cidade a dizer AQUI NASCEU S.JOÃO DE DEUS, visitas à Cripta onde terá visto a luz do dia pela primeira vez, um Roteiro pelo Centro Histórico da cidade tendo por base a época em que cá viveu, mais divulgação em termos de materiais dirigidos aos turistas…) e a mulher, essa, deveria deixar de ter um dia para ser celebrada. A mulher é, ela própria, uma celebração: à Família, ao Amor, à Vida, à Luta. Todos os dias e em todas as estações do ano.
Se podíamos tirar partido do nosso Santo, também deveríamos investir mais no turismo gastronómico. Aguardo, há muito tempo, a iniciativa de se criar um prato que possa representar o concelho em termos gastronómicos e que seja, depois de devidamente analisado, considerado “espécie protegida” com a merecida e utilíssima certificação.
 Se outras terras o fazem, por que não a nossa? Sem dúvida os vinhos produzidos localmente têm dado, grande projecção a Montemor e à sua situação privilegiada em termos de clima para a plantação de vinha. Mas como com um bom vinho vem sempre um bom prato, há que aproveitar e lançar mãos ao trabalho. Empresas de restauração, Câmara Municipal, agentes turísticos, todos poderiam trazer para cá mais turistas, mais capital, mais movimento para esta cidade que, parte dos dias (e dos serões), faz lembrar as míticas cidades fantasmas do faroeste americano.
João Luís Nabo
Março 2017

In  “o Montemorense”

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