segunda-feira, 17 de outubro de 2016

UM FELIZ REGRESSO AO PASSADO

Foi num Curvo Semedo completamente esgotado (999 lugares sentados), onde ontem se aplaudiu de pé uma evocação teatral que nos fez recuar ao Sec. XVIII.
Incluído no Festival de Teatro de Montemor-o-Novo, o Theatron, com a participação do Grupo de Teatro da Universidade Sénior levou à cena “NOVO ENTREMEZ” de Belchior Curvo Semedo, ilustre figura de que os Montemorenses muito se orgulham, e que deu nome à principal sala de espectáculos desta Cidade.

Antes da entrada do público na sala, e no átrio da mesma, foi recreado o ambiente que rodeava estes acontecimentos, com os tambores anunciando que algo de novo ali se iria passar, não faltando o mendigo cego e o pequeno acompanhante, a autoridade e a discussão entre as mulheres do povo só terminada após intervenção da força da ordem.
Feito o convite pelo Mestre-de-cerimónias para se entrar na sala de espectáculos, foi a vez de deparamos com o cenário de uma sala da Aristocracia onde um Grupo de Nobres aguardava a chegada do Ilustre Poeta, enquanto se teciam considerações a propósito dos usos e costumes da época com especial relevo entre as idéias dos dois vultos maiores das artes e cultura de então, Bocage e Curvo Semedo, função brilhantemente recreada pela Grupo de Teatro da Universidade Sénior.
Com a entrada em Cena da personagem Curvo Semedo (interpretação do Prof. Vitor Guita) e instado a mostrar toda a sua arte e saber, Curvo Semedo preferiu brindar os presentes com a representação de uma peça que relata as peripécias amorosas de uma donzela pretendida por vários interessados. Representação a cargo do Theatron.
Como nota final quero apenas acrescentar que este texto não pretende ser uma critica de teatro, para a qual não tenho os conhecimentos necessários, mas tão somente tentar descrever algo que me deixou extasiado não só pelo desempenho de todos os envolvidos, mas também pela maneira como me senti abrangido pelo ambiente recreado.
Não posso finalmente deixar de me congratular ao verificar que a encenação foi de Vitor Guita e a música de João Luís Nabo, dois excelentes colaboradores do Al Tejo.
Segue-se a Ópera ds Três Vintens .
Lá estarei

F. Tátá

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