Nota:
Teve lugar no passado fim-de-semana a cerimónia da entrega dos prémios do IV
Concurso de Poesia Popular do Concelho do Alandroal.
Encontrados
e galardoados os vencedores podemos hoje divulgar a Poesia enviada pelo nosso
Colaborador Matias José – que não foi uma das vencedoras.
Al
Tejo irá fazer todos os esforços ao seu alcance para aqui divulgar o maior
número de trabalhos enviados a concurso, solicitando desde já aos concorrentes
o favor de permitirem a sua divulgação e o consequente envio das obras.
X
Décimas de
Matias José usando o pseudónimo André Afonso
O
CONTRABANDO
[Auto-Retrato/
O Contrabandista]
Clandestino
ou ilegal
Assim me vou aguentando…
Fugindo à Guarda Fiscal,
A viver do contrabando.
Assim me vou aguentando…
Fugindo à Guarda Fiscal,
A viver do contrabando.
Governo
a minha vida
Fazendo o que não devo,
A muito me atrevo
Pra não andar à pida.
Diz a lei ser proibida
Certa troca comercial,
Mas não levem a mal
Matar a fome aos meus…
Só isso peço a Deus,
Clandestino ou ilegal.
Fazendo o que não devo,
A muito me atrevo
Pra não andar à pida.
Diz a lei ser proibida
Certa troca comercial,
Mas não levem a mal
Matar a fome aos meus…
Só isso peço a Deus,
Clandestino ou ilegal.
Muito
tenho penado
Em caminhos sinuosos…
Dias quentes ou chuvosos,
Noite adentro esgotado.
Lonjura tem galgado
O coração palpitando,
As forças vão faltando
E o tempo não perdoa…
Por mais que isso doa,
Assim me vou aguentando.
Em caminhos sinuosos…
Dias quentes ou chuvosos,
Noite adentro esgotado.
Lonjura tem galgado
O coração palpitando,
As forças vão faltando
E o tempo não perdoa…
Por mais que isso doa,
Assim me vou aguentando.
Léguas
hei-de percorrer
Pra chegar ao destino…
O perigo vem repentino,
Tudo pode acontecer.
A regra é não esquecer
Da prudência habitual,
Esperar um bom final
De regresso até casa…
Se preciso, bater a asa
Fugindo à Guarda Fiscal!
Pra chegar ao destino…
O perigo vem repentino,
Tudo pode acontecer.
A regra é não esquecer
Da prudência habitual,
Esperar um bom final
De regresso até casa…
Se preciso, bater a asa
Fugindo à Guarda Fiscal!
Os
bens que transaciono
São meu único sustento…
Pão na mesa dá-me alento,
Esta vida não abandono.
Noites avessas ao sono
E o cérebro magicando,
Isto vai durar até quando (?)
Pergunto eu, sem fim à vista…
Sou um contrabandista
A viver do contrabando.
São meu único sustento…
Pão na mesa dá-me alento,
Esta vida não abandono.
Noites avessas ao sono
E o cérebro magicando,
Isto vai durar até quando (?)
Pergunto eu, sem fim à vista…
Sou um contrabandista
A viver do contrabando.
André
Afonso
4 comentários:
Rezam os "ESCRITOS", que O NOSSO GRANDE POETA CAMÕES, convidou um grupo de Amigos para um jantar em sua casa; mas não tendo comida para lhes oferecer,
serviu-lhes POEMAS, em suas malgas. Os convivas deliciaram-se e saciaram-se
com tão MARAVILHOSO MANJAR !!!
ACABEI DE "DEGUSTAR UMA EXCELENTE CALDÊTA" !!! MARAVILHOSO MANJAR !!!
MUITO OBRIGADA PELO SEU VALIOSÍSSIMO CONTRIBUTO, ANDRÉ AFONSO !!!
Associo-me ao solicitado pelo Al Tejo, para que possamos conhecer os "VOSSOS TRABALHOS", e, em simultânaeo, AQUILATAR A COMPETÊNCIA DO JÚRI !
Correcção:
ACABEI DE "DEGUSTAR UMA EXCELENTE CALDÊTA"!!! MARAVILHOSO MANJAR!!!
Dever-se-á ler:
ACABEI DE "DEGUSTAR UMA EXCELENTE CALDÊTA"!!! MARAVILHIOSA IGUARIA !!!
(Para que não haja repetição de palavras...)
Obrigada
Muito boas as décimas. PARABÉNS!
Muito bonito auto-retrato do contrabandista.
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