CEIFEIRA
Amanhece em ti o sol e tão graciosa!
Seguem teu corpo que serpenteia, suave,
Murmuram falas à tua pele mimosa,
No teu regaço do Alentejo tudo cabe.
Entre os trigais entoam claves musicais,
Sobe e desce a espiga entrelaçada,
Acenam chapéus em movimento de corais,
A pintar o vento cálido, na tua face rosada.
Teu traje único a realçar em dia quente,
Faz incendiar o coração de tanta gente,
Ceifeira alegre, sorridente, libertada.
Alentejo, tua quietude simboliza serenidade,
No ar tudo são cânticos e saudade,
No chão passeia a história sempre lembrada.
Amanhece em ti o sol e tão graciosa!
Seguem teu corpo que serpenteia, suave,
Murmuram falas à tua pele mimosa,
No teu regaço do Alentejo tudo cabe.
Entre os trigais entoam claves musicais,
Sobe e desce a espiga entrelaçada,
Acenam chapéus em movimento de corais,
A pintar o vento cálido, na tua face rosada.
Teu traje único a realçar em dia quente,
Faz incendiar o coração de tanta gente,
Ceifeira alegre, sorridente, libertada.
Alentejo, tua quietude simboliza serenidade,
No ar tudo são cânticos e saudade,
No chão passeia a história sempre lembrada.
09-01-2016 Maria Antonieta Matos
Pintura de meu amigo Costa Araújo
SOLIDÃO
Rasgas-me o peito… solidão
Ao ver-te num dissimulado alento,
Sempre no escuro, vexando o ego,
Carregando o estigma, desvairado e cego,
Num repousar sem brio, nem movimento!
Acomodas-te no silêncio do
tormento,
Sem o brilho do sol, o respirar de cada canto,
O desmaiar e o murmúrio das águas puras, correntes,
O colorido das folhas das árvores, cadentes,
O saborear da maresia, o beijar do vento,
As pinturas das nuvens ondeando céu,
O mar que enrola na areia, num amor só seu,
O luar e as estrelas que a noite oferece,
Para contemplar o amor, que a ti solidão te esquece.
Sem o brilho do sol, o respirar de cada canto,
O desmaiar e o murmúrio das águas puras, correntes,
O colorido das folhas das árvores, cadentes,
O saborear da maresia, o beijar do vento,
As pinturas das nuvens ondeando céu,
O mar que enrola na areia, num amor só seu,
O luar e as estrelas que a noite oferece,
Para contemplar o amor, que a ti solidão te esquece.
Falo-te na beleza da vida,
Nos desabafos que podias ter,
Na companhia com outro ser,
Na alegria e no prazer,
No sonhar…
no mais sublime olhar…
Compartilhando a vida, no seu livro escrever,
Não te prendas na sombra, ergue-te como a alvorada!
Que vazia e só, não te leva a nada!
Nos desabafos que podias ter,
Na companhia com outro ser,
Na alegria e no prazer,
No sonhar…
no mais sublime olhar…
Compartilhando a vida, no seu livro escrever,
Não te prendas na sombra, ergue-te como a alvorada!
Que vazia e só, não te leva a nada!
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