Quarta, 27 Janeiro 201
O resultado das eleições presidências
expressa mais certezas do que dúvidas. O prof. Marcelo Rebelo de Sousa venceu
as eleições porque era o melhor candidato e aquele que melhor compreendeu o
eleitorado.
A estratégia adoptada mostrou-se a mais inteligente e a mais lúcida. Os
afectos e o contacto com as portuguesas e os portugueses, funcionaram na
perfeição.
Por outro lado, a vitória do Prof.
Rebelo de Sousa, nas circunstâncias em que ocorreu, conferem-lhe uma grande
legitimidade politica. Apresentou-se ao eleitorado sem as “máquinas”
partidárias e sem os habituais outdoors, cartazes e autocolantes. Foi, por
isso, uma campanha frugal e adequada aos tempos em que vivemos. Os problemas do
país são muitos e complexos.
Contudo, as competências do presidente
da república não lhe permitem governar, nem executar um programa de governo.
Neste sentido, Marcelo Rebelo de Sousa, fica vinculado à constituição.
Unicamente, a esta. Por isso, no caso da atual maioria não se entender, o
presidente não pode, nem deve permitir que a governação se torne numa agonia
politica. Deve, portanto, garantir o regular funcionamento das instituições e
devolver a voz ao povo. É assim que um país democrático deve funcionar.
Pelo que, sendo o presidente eleito um
bom e consciente conhecedor do sistema político português, estou certo que irá
usar as suas competências de forma independente e sempre atento o superior
interesse nacional. De resto, nem os mercados financeiros, os nossos credores,
seriam complacentes com tacticismos bacocos. Venham eles donde vierem. Como,
também, a possibilidade de uma nova intervenção externa, é uma miragem, nem
está afastada de todo.
José Policarpo
Sem comentários:
Enviar um comentário