segunda-feira, 23 de novembro de 2015

DUQUES E CENAS - (Assuntos actuais numa rubrica do Dr. Luís Nabo)

                                                           Terror nacional

O Grito, Edvard Munch (1893)
Distraídos com os dramáticos (contudo, esperados a qualquer momento) ataques a Paris, esquecemo-nos de que fomos às urnas no dia 4 de Outubro e que ainda não temos um governo fixo. Por causa do horror a que temos vindo a assistir, deixámos de dar atenção aos ataques que a coligação dita de direita e a associação dita de esquerda fazem todos os dias à nossa inteligência. Porque o que eles fazem também roça o terrorismo. Não precisamos, pois, do Estado Islâmico para criar o pânico no pessoal luso.

Eu explico: se o PS e os seus novos amigos assustam o povo quando dizem que o PSD e o amigo vão carregar nos cortes e nos impostos… isso é terrorismo. Quando o PSD e o amigo dizem que o PS e os novos amigos vão pôr o país na falência… isso é terrorismo. Quando se acusam mutuamente sem apresentarem soluções transparentes, dignas e seguras aos munícipes deste grande quintal, esses radicais estão a fazer terrorismo. Essas criaturas, cegas pelo desejo de poder (sempre o poder) não medem as palavras e muito menos querem saber do rumo que essas diatribes inconsequentes podem dar à nossa vida de todos os dias.

Portanto, é urgente regressar à nossa realidade e aguardar, não sem alguma angústia, a decisão do Presidente da República, caso ele regresse da Madeira onde está neste momento na mais inútil visita de Estado de que há memória.

João Luís Nabo
In "O Montemorense", 20/11/2015



4 comentários:

Anónimo disse...

De maneira absolutamente sintética disse tudo o que se passa em Portugal.
Assim os portugueses fossem capazes de compreender o que se passa para poderem colocar esta gente fora do arco da governação para sempre.
Quem nos acode?! Precisamos urgentemente doutros políticos.

Anónimo disse...

Sempre admirei a maneira como este Senhor nos coloca questões sempre tão pertinentes e a merecerem uma atenção redobrada. Excelente texto e excelente ilustração.
Temo apenas que se algum dia os nossos descendentes escreverem algo semelhante, e pelo que se aproxima em termos governativos que a ilustração não sejam já o Grito , mas sim a Lágrima.

Jerónimo Fonseca

Anónimo disse...

Coisa!!! mais perfeita.

MAIS INÚTIL VISITA DE ESTADO DE QUE HÁ MEMÓRIA.

Aplaudo o autor e a coragem do administrador.

Bem hajam os dois

Anónimo disse...

Pois cá pra mim esta forma de ver as coisas é apenas lavar as mãos do assunto. É a partir destas posições que aparecem os salvadores da pátria. Ó senhor professor pense lá outra vez no problema e verá que não é bem assim.