Quarta, 18 Novembro 2015
A entrevista dada na segunda-feira pelo
candidato a primeiro-ministro António Costa ao Canal 1, televisão do estado,
reforçou a minha opinião sobre as motivações que o impelem para tomar o poder
da forma como o tem feito. Não houve uma resposta dada que fosse clara e
inequívoca, sobre as questões fundamentais das finanças públicas.
Às perguntas feitas se os cenários ditos macroeconómicos defendidos pelos
economistas socialistas, permitem um aumento da despesa em virtude da reposição
de salários dos funcionários públicos e das pensões, e, se são compagináveis
com um abaixamento das taxas de alguns impostos. Respondeu de forma
inconclusiva, mesmo evasiva. Em circunstância alguma se comprometeu com alguma
medida que evite procedimentos por défices excessivos.
No que diz respeito ao termos dos
acordos estabelecidos com os outros três partidos, manteve a argumentação
absolutamente inacreditável de que o partido não vai governar como o programa
dos outros partidos. Só resta saber se precisar do apoio parlamentar das outras
forças que integram a coligação negativa, qual dos programas irá prevalecer. Se
o do partido socialista, ou, o do comité central. Isto não faz sentido algum.
De que estabilidade politica estamos a falar. As pessoas não são todas
distraídas.
Espera-nos, por tudo isto, um futuro
político indefinido e de grande imprevisibilidade económica. Por isso, não
antevejo boas notícias para o emprego. Quer estejam empregados, quer estejam
desempregados. E, tudo leva a crer que as contas públicas saiam da trajetória
da consolidação, para passarem para valores muito preocupantes à semelhança do
que sucedera em 2011. Ora, o abaixamento tão desejável da carga fiscal, não
passará de uma verdadeira e grande miragem. Oxalá esteja eu equivocado.
José Policarpo
2 comentários:
Ó José Policarpo, assoa-te com os vistos gold, o macedo, os submarinos e o portas, a tecnoforma e o coelho e outros tantos.
Como é que estes fazedores de opinião, têm a lata de esconder os malefícios que legal e ilegalmente empobreceram milhões de pessoas sérias e, continuam a ter lugar aqui? E não só.
Para esta gente, quem é impecável são os que fizeram e fazem todo o mal que muito bem lhes tem apetecido, e, vão continuar impunes, porque têm feito todas as leis que os safam das malandrices.
As malandrices descobrem-se, porque existem autoridades altamente competentes para os incriminarem. Porém a seguir, com leis que os protegem e juízes que levam essas leis à risca...
Não digo mais nada. Esta democracia está podre e continuam a chamar-lhe democracia, e que, embora seja má, ainda é o melhor que existe à face da terra... Estamos bem arranjados. Vamos desabafando, quando nos deixam...
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