sexta-feira, 6 de novembro de 2015

CRONICA DE OPINIÃO TRANSMITIDA HOJE NA DIANA/FM

                                                        O futuro do país

Sexta, 06 Novembro 2015
Continua a indefinição. E estará certamente para continuar.
À Esquerda afinal não temos um acordo a três. Vamos ter dois acordos a dois. E não será a mesma coisa.
Um acordo a três é diferente de dois acordos a dois. O que estará plasmado num, não será certamente o mesmo que está escrito no outro.
Se se transpusesse para o texto dos “Acordos” aquilo que os separa já o “Acordo”, ou melhor, os “Acordos” estariam redigidos e seriam do conhecimento público.
É que todos conhecemos o que os separa. Poucos conhecerão o que os une. Tirando, é claro, a determinação da conquista do poder.
A fragilidade da situação criada irá futuramente ter os seus reflexos, disso não tenhamos qualquer dúvida. Hoje paira a incerteza.
O que já nos fomos apercebendo é quem irá liderar este processo. E essa liderança não irá caber ao PS. Aliás, na solução a três será o que ficará na total dependência dos outros dois.
Estar no poder é diferente de estar na oposição. Totalmente diferente. Muito das soluções adoptadas pela oposição não têm aplicabilidade real se quisermos continuar a resolver problemas (redução da dívida, redução do défice, redução da taxa desemprego) e a crescer de uma forma sustentável.
À Direita, ainda que sem maioria parlamentar, criou-se um espaço de estabilidade e credibilidade política.
O Governo recentemente empossado pelo Presidente da Republica está no seu exercício de funções.
Este Governo, é bom recordá-lo, resulta da escolha dos portugueses.
Este Governo vem na sequência do anterior, daquele que conseguiu obter resultados e que nos fez sair de um total caos em que o país se encontrava.
Ontem a Comissão Europeia deu-nos a conhecer as suas previsões de Outono, antecipando o défice português em 2015 para 3%.
O crescimento do PIB português será, este ano, de 1,7%, acima da média da zona euro (1,6%), e acima de países como a Dinamarca (1,6%), Bélgica (1,3%), Chipre (1,2%), Croácia e França (1,1%), Itália (0,9%), Áustria (0,6%), Finlândia (0,3%) e Grécia (-1,4%).
Também ficámos a saber esta semana os dados do desemprego. A taxa estimada no 3º trimestre de 2015 foi de 11,9%. Está em decrescendo. Devagar é certo. Mas está decrescendo. Estamos no grupo dos 23 estados membros que registaram uma descida da taxa de desemprego no último ano.
Já agora sabem qual o único país da União Europeia que está em recessão? Sabem qual o país da Europa que apresenta a mais alta taxa de desemprego, 25%, repito, 25%. A Grécia. Aquele país que está aplicando medidas de austeridade para melhorar estes, e tantos outros indicadores que estão num estado deplorável. Está adoptando medidas idênticas às que foram aplicadas em Portugal, incluído redução de pensões, aumento de impostos, aumento da idade para a reforma, que foram criticadas pela esquerda portuguesa. Os mesmos que apoiam a governação Syriza na Grécia.
Que o país abrandou todos o sentimos. O momento político terá criado algum receio na economia. Absolutamente compreensível.
Esperemos pois que o bom senso impere e que Portugal continue a fazer o seu caminho, pelo percurso que tem que seguir.
Até para a semana
Rui Mendes


1 comentário:

Anónimo disse...

ate se nota que ja saimos da crise ,se teem os cofres cheios deviam pagar a quem devem ,cheios de divida e caloteirice que é o que teem.a economia esta a levantar só se for nos bolsos deles bem que faz falta outro salazar por aqui ,ou então tinham que comer aquilo que fossem capaz de produzir,outro 25 de abril