Quarta, 11 Novembro 2015
Sou militante do Partido Social
Democrata, acredito na ideologia social democrata para o governo do meu país e
para os destinos das pessoas.
No personalismo, na capacidade individual de cada um escolher o seu próprio
caminho, na igualdade de oportunidades, numa economia de mercado livre, na
solidariedade social. E, num Estado cujas funções estejam ligadas à regulação,
à fiscalização e à proteção dos excluídos. São, portanto, estas premissas e
fundamentos da Democracia ocidental.
Acredito em eleições livres. Acredito em
quem é vencedor, deva governar.
Aquilo que hoje pudemos assistir no
parlamento português, revelou-se absolutamente preocupante e enquadrador da
natureza e intenção daqueles que agora estão preparados para assumir o destino
do nosso país. Para os substancialmente democratas, o caminho que António Costa
e os seus novos aliados, encontraram para poderem aceder ao poder é ao arrepio
de tudo o que até agora conhecíamos. Os perdedores das eleições do passado dia
4 de outubro querem governar o país. Formalmente podem-no fazer. Resta, porém,
saber se a maioria dos portugueses está de acordo com esta nova realidade.
A coligação negativa que hoje rejeitou o
programa do governo, legitimamente, empossado não tem a legitimidade de fundo
para o ter feito, mas tem a legitimidade formal. Contudo, para que serve só ter
a legitimidade formal política, se substancialmente, como julgo ser a
realidade, não tem a concordância da maioria dos portugueses?! O futuro e não
daqui a muito tempo, encarregar-se-á de clarificar a confusão lançada na vida
pública por estas pessoas. Para mim, são todos responsáveis, os líderes dos
partidos que a constituem, como, os respectivos órgãos que ratificaram o
“assalto” ao poder.
Por último, repudiar veemente e
totalmente a autorização que determinou a utilização dos autocarros de algumas
câmaras municipais para o transporte de pessoas para participarem na
manifestação organizada pela CGTP no dia de ontem junto ao parlamento. O
direito à manifestação está constitucionalmente consagrado. Todavia, qual é o
fundamento legal, que, as Câmara de Évora e de Montemor, invocam para
justificarem as respetivas decisões? Porventura, os munícipes destas cidades
gostariam de ser devidamente esclarecidos. Ou estarei eu enganado?! É que a
transparência é um direito que o cidadão deve ter…
José Policarpo
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