Sexta, 20 Novembro 2015
O mundo está mal e a Europa sofre dessa
violência em que o mundo vive.
O número actual de conflitos armados no
mundo é assustador.
As razões da sua existência são as mais variadas, desde contendas
fronteiriças, narcotráfico, questões tribais e de etnias, razões económicas,
ideológicas ou religiosas.
Só às portas da Europa existem vários
conflitos do género e são esses que mais pressionam as fronteiras e o
território europeu.
Mas os que têm uma existência mais
preocupante serão aqueles que se constituem em razões de fundamentalismo.
A tensão que hoje se vive na Europa, e
não só na França, pese embora tenha sido este o país mais atingido pelos
recentes atentados, à redacção do jornal Charlie Hebdo em janeiro deste ano, e
no passado dia 13 com a série de ataques em Paris, de que resultou o
assassinato de 129 pessoas, são prova da vulnerabilidade que impera na Europa.
Mas não nos esqueçamos que no passado
mês de Outubro um Airbus A321 da companhia russa Metrojet foi alvo de um
atentado praticado pelo pseudo-Estado Islâmico, tendo caído em território
egípcio, no qual morreram 224 pessoas, todas as que seguiam a bordo.
O terrorismo vive de criar medos, de
perturbar sociedades, daí a necessidade de provocar atentados, de forma a
lembrar os povos de que um atentado pode acontecer em qualquer lado, em
qualquer dia,
a qualquer hora.
A França e os restantes estados têm
sabido lidar com este problema, as respostas que têm dado são firmes e capazes.
E é este tipo de respostas que tem que
acontecer. Com intensidade que a resposta a um ato terrorista merece.
O projecto europeu é, acima de tudo, um
projecto de paz.
Temos o direito de viver num espaço que
não deverá ser violado nos valores que mais caros são aos cidadãos europeus: o
viver num espaço de liberdade, de respeito pelo próximo, e com o valor da vida
humana.
E, pese embora, o enorme número de
refugiados que a Europa tem acolhido resulte, também, de um conflito armado,
não deveremos fazer aqui relações, porque elas não existem.
Devemos recebê-los de uma forma
controlada e organizada.
A União Europeia não deverá criar muros,
deverá sim promover a integração destes refugiados, não permitindo que estes se
fundem em guetos, mas que se integrem nas respectivas sociedades. Só assim
teremos sociedades mais inclusivas, e não teremos cidadãos que serão alvos
fáceis para fins que, decerto, todos, mas rigorosamente todos, condenamos.
Até para a semana
Rui Mendes
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