quinta-feira, 29 de outubro de 2015

ORELHUDOS do CARAÇAS - Uma rubrica de A.N.B.

 i)         Estados de Espirito

Em alturas de aperto político como o que estamos a viver, já devem ter reparado que todos os quadrantes nele intervenientes invocam a NATO.



É Nato para a esquerda. É Nato para a direita. A esquerda radical porque a recusa. A direita porque não sabe viver sem ela. O PR porque estica e agita o «papão» de uma qualquer saída imediata. Imaginem!
Pela nossa parte, vamos apenas dizendo que, em matéria de relações internacionais, o país não pode desligar-se da NATO como garante da sua segurança e defesa face ao mundo perigoso em que vivemos e tendo em conta os nossos meios e limitações defensivas.
A NATO foi, de facto, criada de acordo com determinadas “leis e conceptualização geopolíticas”, era uma aliança defensiva e baseava o seu poder de defender mutuamente os 16 países integrantes (de acordo com o seu célebre Art, 5º) particularmente no poder aero-naval com larga projeção do poder ascendente e domínio americano.



Primeira reunião do Conselho do Atlântico Norte, em 17 de Setembro de 1949

O objectivo principal foi o de conter, de imediato, o expansionismo soviético no território alemão no rescaldo da II Guerra Mundial resultando na criação do sistema bipolar que foi gerindo o mundo até aos anos 90. A oeste e a leste. Ao norte e ao sul.
Um dos seus pequenos mistérios, foi o de saber porque é que «Portugal fascista de Salazar» foi convidado a ser parte integrante do tratado fundador democrático de Abril de 1949 (ao contrário da Espanha). A resposta chamava-se “Base das Lajes nos Açores”.
E, por aquela extensa área marítima, ser um corredor de passagem de submarinos nucleares das 2 superpotências em trânsito para o Atlântico (a) Sul. E não só.
Mas também é conhecido um outro episódio cuja narrativa se conta assim: “No dia da votação final, Salazar, chamou um seu Ministro para uma conversa em separado, dando-lhe a entender que iria votar contra a integração de Portugal. Quando foi a votação, o dito Ministro, votou “orgulhosamente” contra.
Resultado: no comunicado final, Salazar, pôde dizer que não tinha havido unanimidade na aprovação da integração da NATO”.
Há quem afirme que, Salazar, tinha afinal tanto de anti-americano quanto era ferozmente anti-soviético.Com o apoio do Al tejo, dão-se alvíssaras a quem adivinhar o nome do Ministro. O prémio será de “20 raspadinhas” que podem, aliás, vir a constituir-se numa pequena fortuna e pagar uma viagem aos USA.
Quanto às ilações que este episódio possa revelar cada um que tire as suas. A do Partido Socialista (julgo eu) que passa pela ideia de continuar a respeitar os compromissos internacionais, permanecendo na NATO.
Tendo contudo a noção que não nos fica nada mal ter uma voz própria nesta Organização euro-atlântica dado o posicionamento geoestratégico relevante do país.
Uma organização que está, aliás, a tornar-se cada vez mais continental, com a inclusão da Polónia um arqui - rival da Rússia. 


  
Adiante.

ii)                  Estado das Coisas

Na realidade, a liberdade só se tem quando se usa. Sendo assim vou usar da liberdade do Cidadão nº 3ZY7 para dizer aqui que o Partido Socialista faça os acordos que fizer à esquerda deve torná-los transparentes o mais possível. Por ora, dizemos isto.
No mesmo tom socialista embora com um enquadramento diferente, vamos deixar dito que José Sócrates anda a ver-se mal ao espelho pelo que devia rever com atenção as suas posições. Sob pena de se espetar novamente.
Anda a dar a impressão de, pelo menos, 3 coisas: (1) continua a andar de Porsche quando os portugueses andam de utilitário e sem dinheiro para a gasolina; (2) que a sua tese de mestrado é afinal um “subproduto epistemológico”; (3) que não tinha nada que andar a comprar os seus próprios livros para depois aparecer no Top de vendas da Livraria Barata da Avenida de Roma.
 
iii)                Estado da Terra

A classificação do «Vale do Lucifecit» como “Sítio de Interesse Publico”, é uma boa notícia e a merecer a maior divulgação. Valoriza o Concelho do Alandroal e, como já tivemos acesso à leitura da fundamentação cientifica que o identifica e qualifica vamos dizer duas coisas simples: (1) seria útil que um pequeno resumo, estivesse disponível e ao alcance dos munícipes, das escolas e dos órgãos de informação regional; (2) nesse caso, haveria, quanto a nós, que subtrair-lhe o pendor literário tendencialmente um tanto académico que o caracteriza. 


 
Daria certamente origem a uma maior margem de leitura e adesão a quem não estudou o assunto. Ou não é especialista na matéria.

                    António Neves Berbem
    (29/10/2015)

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10 comentários:

Anónimo disse...

As coisas vão algo confusas a nivel nacional nesta procura de procurar diferentes saídas e melhores entradas.Mas a nível local as coisas continuam na mesma. A mesma guerra, os mesmos protagonistas.
Dir-me-ão que não é bem assim. Que existem novos protagonistas na cena política atual/local. Mas eu refuto essa ideia, contraponho e afirmo: “os protagonistas são os mesmos, a guerra continua”. Nabais versus Grilo e Grilo versus Nabais”. Todos os outros são meros adereços, manifestos agentes manipulados, pensando que estão a jogar na linha da frente mas apenas instrumentos utilizados para que ” os fins justifiquem os meios”. Claro que estamos a falar do partido socialista local que está enredado numa teia, entrelaçado entre nabalistas e grilistas, jogando um jogo perigoso, entre poderes que pensa que domina mas que, nem de longe nem de perto, consegue antecipar ou prever desfechos. Mas todos os que estamos de longe conseguimos prever a tomada de assalto à secção local do partido socialista, para grilo/nabais mastigar e deitar fora.
Que interesses superiores existem nesta movimentação vertical / horizontal/tangencial /obliqua / transversal, enfim, nesta corrente e contra corrente socialista? Que interesses estão subjacentes nas jogadas de bastidores dos antigos presidentes e atuais líderes de movimentos independentes e o partido socialista, que não fazem oposição ao poder instituído, como lhes caberia, mas que se movimentam nos secretos labirintos da política local, que vão desde a politiquice aberta na taberna até aos mais recônditos segredos, segredados nos bastidores, bem guardados entre eles?
Porque não se sentam na linha da frente e dão a cara, fazendo a verdadeira oposição democrática, contribuindo para o alivio do sufoco financeiro, assumindo erros do passado, ajudando a esclarecer o imbróglio financeiro magistral em que está submersa a Câmara do Alandroal e, consequentemente, os seus munícipes.
Em frente, sem medos, nos locais certos, nos sítios certos, na contribuição de um verdadeiro exercício político democrático, com honra e dignidade, sem falseamentos da realidade, sem subterfúgios manhosos enredados em malhas apertadas de interesses escondidos.
Temo que este envolvimento a três, comandada pelo PS (?), se possa estender e colocar outros enredos dentro da já muito apertada rede de interesses.
E isto porque se existiu uma aproximação ao Nabais, depois ao Grilo, estendendo-se o entendimento do PS, a nível nacional ao PCP e ao Bloco, procurará o local novo outros encontros? Ou quererá simplesmente apressar antigos compromissos?
Alianças e entendimentos são constitucionais, justos e necessários em democracia. Existem e são para serem feitos sempre que interesses superiores coletivos os exijam. Têm é de ser frontais, abertos, esclarecedores, sem medos, sem temores… sem atender a causas e consequências individuais.

OBSERVADOR

Anónimo disse...

Não entendo nada do que o PS local anda a fazer, se é que anda a fazer alguma coisa...
Nabais e Grilo concorreram contra o PS. Portanto não são socialistas do PS. São socialistas de conveniência.
Deviam concorrer novamente como independentes e o PS não devia servir de moleta para nenhum deles.
Porém o PS nas últimas eleições concorreu com um candidato que já se sabia que não tinha qualquer possibilidade de arranjar votos para vencer.
Vamos ver no que isto dará. Penso que será o descrédito do PS local.
Agora fico por aqui mas voltarei porque ainda é cedo para ir mais adiante.

Anónimo disse...

Ao MUDA o que é do MUDA! Ao DITA o que é Do DITA.Assim aconteceu assim deverá

tornar a acontecer. O PS já tem o seu caminho próprio. Face ao eleitorado

interessa mais o programa do que os velhos actores e muito menos interesa transportar para dentro da Cãmara as antigas e sempre

prejudiciais rivalidades que já contam mais de uma decada. .

Anónimo disse...

Tanto nervosismo que por aqui anda com a união do Muda com PS. É a prova de que é mesmo isso que faz falta ao concelho. Força com isso que estamos fartos de tudo o resto

Anónimo disse...

o que faz falta ao concelho de alandroal é mesmo uma junçao do atual ps ao muda. (dito com a mais sincera ironia ) alias o que faz falta ao concelho de alandroal é a continuação da grande politica do muda e ja agora tambem a do nabais porque parece que também anda na roda ( mesmo com mais ironia ainda )

BAZINGA

Anónimo disse...

Força Mariana Chilra que a má gerência de dinheiros públicos no passado recente tem os dias contados. Força CDU!!!

Alfredo Barreiros disse...

Em bom rigor, devo dizer, não se compreende, afinal, a opinião do autor do texto quanto à continuidade de Portugal na OTAN (NATO). Muita parra e pouca uva.
Quanto à política local, mais do mesmo...nem preto, nem branco...apenas permanece o cinzento!!!

Alfredo Barreiros

Anónimo disse...

Sr. Professor

Esclareça-nos cá. NATO ou USA?

É que em uma enfadonha e poderosa cassete (que desde décadas nos fere os tímpanos e globos oculares) reproduzida por tudo quanto são livros, jornais, revistas, televisões, rádios e que sei mais, nas manobras da dita NATO só se referem embaixadores (vestidos de cáki, como interessa à imagem), generais, brigadeiros, coronéis e, poucos cabos e soldados uniformizados à STATES.

Muitos portugueses, com os tímpanos e globos oculares mais do que atentos, assistem presentemente, nas nossas interiores e litorais barbas, a INTENSOS EXERCÍCIOS DA DEFESA peninsular comandadas pela NATO ... perdão, por uniformizados STATES.

Emperraram-se-lhes nos areais de Grândola (veja-se só) dois gordos e medonhos anfíbios. Coisas menores que já foram gigantescas nos seus destinos.

Tal como nas mais diversas manobras do Pacífico ao Mar Negro.

Defina-nos por favor sr. professor, se a tanto alcançar, QUEM É QUE MANDA (OU COMANDA) NA NATO.

Em síntese, por suposto.

Muito gratos

Chaparros anarkas



Diga-nos cá, afinal a NATO é comandada por quem?

Anónimo disse...


Os dois últimos comentários são muito pertinentes e verdadeiros !

Como irá o autor do texto descalçar esta bota?...

É que há nos mesmos MUITA UVA !

Anónimo disse...

Anónimo Anónimo disse...
Força Mariana Chilra que a má gerência de dinheiros públicos no passado recente tem os dias contados. Força CDU!!!

30 outubro, 2015 21:03

Pois claro, agora é que a gerência é boa,uns investiram em megas concertos a Senhora investe em arraiais pimbas, mas em televisão, não é uma coisa qualquer, de tal forma caro que, até hoje não se designou a senhora a prestar contas de quanto gastou pela brincadeira televisiva, mesmo com pedido de vereadores da oposição.
Afinal não são só os outros que não são transparentes nem de boas contas.
Como vê caro comentador a má gerência continua como se vê só neste pequeno exemplo, já para não falar na falta de gosto, porque gastar por gastar, era de facto preferível outras musicas do que aquela pimpineira de terceiro mundo que nos impingiram com dinheiro publico.

Força CDU, mas com outra gente.