terça-feira, 4 de agosto de 2015

ORELHUDOS DO CARAÇAS - (b) - Rubrica do A.N.B

Continuação do dia anterior

.........Perante este cenário, Portugal, tornou-se um país cujas posiçõe em Bruxelas têm sido em regra,imagine-se,  pró- alemãs. Chega a enjoar tanto germanismo e tanto seguidismo do 1º Ministro Passos Coelho; e de um tal Paulo Portas que também tem muito de germanófilo. Embora o disfarce melhor.
Chegam, por vezes, a dar uma certa sensação de subserviência e/ou mesmo de incompetência. Ou das duas coisas. Pelo que só haverá um remédio: mudar de orientação politica e de governo! Antes que seja tarde e antes que nos tornemos «um quintal das traseiras» da Europa do norte ,e da Alemanha, a quarta potência económica do Mundo.  
 E já em Outubro!
                                
I.      Estado das Coisas
Já não há nenhum português que não tenha reparado que estamos em plena campanha eleitoral para as legislativas de 2015.
Tanto para os grandes partidos como para os pequenos começa a valer quase tudo na caça ao voto sendo que aquilo que devia estar fundamentalmente em causa, é o modo novo e viavel como vamos ser governados durante os próximos quatro anos.
Como estamos em democracia, a decisão do povo será soberana, o que não quer dizer que o povo não possa ser usado e manipulado contra os seus próprios interesses e legítimas aspirações a ter uma vida menos dificil. A politica é uma arte mas pode ser também uma arte tenebrosa… para quem a usa com fins perversos e pessoais.
Chega de “austeridade cega” e destrutiva que só serve os interesses que nos são (ou deviam ser) alheios. A casta que nos tem governado já deu o que tinha a dar.É uma casta que tem do poder uma visão interesseira e utilitária.Disposta a usar todos e meios e argumentos para se manter e reproduzir no poder.É essa a sua logica.
Neste sentido, vou aqui assumir e deixar inscrito que a Direita portuguesa, esta direita do PSD- CDS, se revelou até aqui bastante traiçoeira e perigosa face à vida sacrificada dos portugueses. É uma direita sem projecto nacional, é uma direita sem qualquer afirmação europeia; é uma direita traiçoeira e pró- alemã; é uma direita rentista e pobre em ideias;é uma direita liquidatária que vive apenas do seu próprio passado recente e da conquista do poder politico. Parada no tempo e focada apenas em 2011.Uma criada de servir da troika, pronta a vender-nos os dedos e os aneis.
Acrescentaria que é uma direita agarrada ao poder e que tem medo de o perder. Por isso vai recorrer a todas as armas que julga ter para ganhar as eleições.
Vai perdê-las na medida em que o Povo português tem uma experiência histórica que o foram conduzindo ao longo dos tempos,às escolhas quase sempre acertadas. E principalmente porque estamos metidos num “buraco social” do qual temos que nos libertar o mais depressa possivel. Não é assim que se serve ou se usa a vida de um povo!
Portugal não precisa de ministros mentirosos e manipuladores,  precisa,isso sim, de bons governantes com sentido de estado e da nação antiga e sabedora que somos.
O país não precisa que lhe andem a meter medo dia sim,dia sim, como se só houvesse um único caminho e uma única alternativa democrática. Temos alternativas,temos politicos sérios,temos quadros  experientes. Já foi,entretanto, apresentado um programa de centro esquerda capaz de nos tirar do abismo em que estamos atascados.
Portugal precisa  de ter uma voz europeia juntamente com os outros países do Sul da Europa. Assim como precisa de se desenvolver e crescer sem ser tudo feito à medida de Bruxelas.Não temos que ser vistos como parentes pobres de uma Europa que anda agora a erguer Muros por tudo quanto é fronteira.
Não foi esse o nosso passado “ilustre”.Não tem de ser esse o nosso presente triste. Não será esse o nosso próximo futuro!

  Melhores saudações
    Antonio Neves Berbem
     ( 4/8/ 2015)   

12 comentários:

Anónimo disse...

"Vai perdê-las na medida em que o Povo português tem uma experiência histórica que o foram conduzindo ao longo dos tempos,às escolhas quase sempre acertadas."


De facto muito escolhas muito acertadas, por isso é que tivemos tantos anos de Cavaquismo que, esses sim queimaram o dinheiro todo e agora os que lá estão também tem sido o que se tem visto, tudo pela escolha acertada dos Portugueses.

Com todo o respeito, o ANB ESCREVE BEM, mas também diz cada disparate que é de bradar aos céus.

Anónimo disse...

Excelente o comentário de 05 agosto, 2015 13:44. Acrescento somente que foram as escolhas dos portugueses que os empurraram para este beco quase sem saída, e digo quase porque ainda se vislumbra uma luz ao fundo do túnel que os guie para fora desta Europa anti-democrática.

Anónimo disse...



OBS.

Aos dois Caros comparsas que comentaram este *texto grego*(o que

agradeço) apenas vou dizer-vos que leram as coisas mal. Porque onde

eu escrevi "quase sempre", V. leram sem meias medidas "sempre".

Será que precisam de dois pares de óculos para (me)lerem bem? Ao

perto e ao longe. E no tempo longo de vida que registamos no nosso

bilhete de identidade enquanto "Nação valente" e independente. Como

canta o Hino...De resto,influenciado pela marselhesa.

É que nós saibamos, Portugal, no seu TODO, ao longo de uma História

que não é apenas destes tempos, contando mais de 8 séculos, foi

bastantes vezes confrontado com escolhas muito difíceis,

complicadas mas acertadas.

De facto, enquanto Povo, fomos quase sempre, historicamente,

acertando.

Só assim, aliás, se justifica que, pelo menos, a Espanha, a

França, a Inglaterra, os USA, a URSS não nos tenham definitivamente

engolido...século após século.

O que já não tenho por tão seguro com esta «União Europeia», em

modo alemão, e pondo-nos tanto a jeito como estamos a

expor-nos com a governação deste tipo de Coligação de Direita ultra

liberal que vai deixar marcas negativas irreversíveis na nossa

ex-soberania.

Mesmo, no século XX, se repararem bem, tivemos por opção politica o

fim da Monarquia como tivemos a seguir uma I Republica pujante.

Assim como depois nos aconteceu o Estado Novo mas,em compensação,

tivemos a Revolução partilhada por Todos pelos capitães de

Abril de 74.

Já agora,se estiverem dispostos a perceber melhor as andanças e a

contextualizar "os altos e baixos" da nossa História, julgo eu, que

o melhor e mais acertado (para evitar mais e semelhantes disparates

no Al tejo)é começar pelos Lusíadas.

O Camões (que segundo parece e o cita "tanto gostava do Alandroal")

ajuda muito a gente voltar depois a conversar.

Boa noite e Boas Festas de Setembro.

Melhores cumprimentos

António Neves Berbem

Anónimo disse...

"Vai perdê-las na medida em que o Povo português tem uma experiência histórica que o foram conduzindo ao longo dos tempos,às escolhas quase sempre acertadas."

Quais foram as tais escolhas quase sempre acertadas?

Cómico

Anónimo disse...



OBS.


Já dei a perceber que, enquanto Povo, fizemos, de facto, historicamente escolhas bastante acertadas. Se não percebeu o problema passa a não ser meu. E tem bastante mais de ignorante do que de cómico. Passe em revista, a titulo de exemplo, o Século XV. E veja.
E repare. Passe depois o Século XVII e veja e repare.

Se não tivesse sido assim há muito que tínhamos desaparecido.
Custa assim tanto entender isto e perceber que os nossos problemas de existência ainda teriam sido mais sérios e fatais. Como, aliás, o vão ser ao longo deste século XXI.
Boa tarde.

Melhores cumprimentos

Antonio Neves Berbem

Anónimo disse...

Ao longo da história de Portugal nunca houve tantos ladrões, corruptos e vigaristas como houve nos governos PS/PSD/CDS.

Anónimo disse...



OBS.

Para terminar este pequeno dialogo, Caro comentador das 17.53,vou

apenas acrescentar que está mais uma vez um tanto equivocado e

desconhecedor da "nossa longa Historia" porque, a titulo de

exemplo, vou só aqui lembrar-lhe que quando foi da (nossa)

Restauração (a que se seguiu uma longa guerra popular) uma grande

parte da alta nobreza e da pequena burguesia portuguesa venderam-

se e puseram-se ao lado de Espanha em troca de títulos e dinheiro.

Mas existem, é claro, actualmente muitos mais exemplos destes. À

esquerda e à direita dos espectros de governação nacional e local

do nosso país. No passado como neste presente. E certamente assim

irá continuar a acontecer (infelizmente) no futuro.

Talvez possa ainda perceber que «a corrupção» não tem propriamente

uma pátria nem é de uma só época histórica sendo que é, antes do

mais, um fenómeno de enriquecimento indevido, de ganância e, por

fim, de degradação moral e social dos seres humanos que a praticam.

E que há, é claro, a todos os níveis, as mais variadas e múltiplas

formas de corrupção. É só estar atento e reparar que algumas até

têm menos a ver com o directo "tinir do vil metal".Como julgo que,

finalmente, e de uma forma total e socialmente abrangente, não o

ignora. Nem o quer, de uma forma global, desconhecer.

Melhores cumprimentos


Antonio Neves Berbem

Anónimo disse...

Ao longo da história de Portugal nunca houve ...
Houve, houve sempre senhor comentador. ABUNDANTEMENTE NOS MONÁRQUICOS TEMPOS e sempre "oriundos" das nobres castas familiares e dos seus influentes amigos a cada tempo (escreverei melhor ... a cada dinastia).
E aqui tem toda a razão. No pós 25 de Abril e sobre aqueles a quem tece VERDADEIRAS ATRIBUIÇÕES, é de facto esse o TRIO miserabilista de todos conhecido e causador da catástrofe em que se vive.

TODA A GENTE SABE. Mas, quando chega a hora dos afastar, MUITOS ESQUECEM e comentam hipócritamente ... EU NÃO VOTEI NELES (quando TODA A GENTE SABE QUE É MENTIRA).

O País agoniza e ainda o sobrevoam os abutres ... à espreita !!!.

Um dia tudo será diferente.

Será mais um ciclo da nossa história.

A monarquia e o fascismo também caíram.

Boas férias

Anónimo disse...

E este ANB é um génio um grande pensador.
E já agora, escreve em algum jornal ou em algum lado ou é só no blog do Xico?

Anónimo disse...

Carradas de razão o anónimo de 06 agosto, 2015 17:53. Provoca-me vómito só de pensar que ainda há escumalha que vota nessa ladroagem corrupta!!!

Herculano Manco disse...

A política não é uma arte, antes um meio (já milenar) utilizado por parte de uma facção, minoria, partido, grupo, para manipular massas com um fim ou objectivo comum (ou assim deveria ser).
Com origem nas cidades-estado, da antiga Grécia, por onde filosofaram Platão, Sócrates, Aristóteles, e outros, rapidamente estes, em algumas das suas obras, fazem referência ao desencanto, à apetência dos políticos para a corrosão da alma, dos valores pessoais, sociais e religiosos. Já nessa distante e antiga Grécia a corrupção era um sinal de ordem, onde já se congeminava, se organizavam e elaboravam maquiavélicos homicídios por "envenenamento", sem deixarem rasto, em que a culpa morria solteira. O Objectivo? A queda de quem governava para a ascensão ao poder de quem matava ou ordenava matar.
A Política e a Democracia, infelizmente, são a simbiose, o casamento perfeito para a corrupção legalizada e a erosão de valores sociais e morais. A política actual, bem como os seus meandros, partidos, facções, movimentos, não são mais que uma "litografia pintada" (criada e votada) em parlamentos e assembleias, mas em que o verdadeiro quadro e seus autores já o pintaram e assinaram, antes, nas tão obscuras reuniões das lojas maçónicas.
Partidos de direita, esquerda, centro? Parece-me ser mais incisivo, realista e verdadeiro falar onde realmente se decidem as verdadeiras questões de interesse nacional, dos interesses que se movem pelos bastidores, dos seus protagonistas, do que falar em "quadros pintados" a vermelho, rosa e laranja. Do que vejo, o pintor já tem a tela pronta, o polegar na paleta com as cores apostas, apenas a indecisão com quais o seu pincel vai colorir a obra. A ver vamos...
Herculano Manco

Anónimo disse...

Textos tão grandes para descrever aquilo que já sabemos pelos meios de comunicação social.

Em um décimo das palavras, embora contextualizando apenas no panorama Nacional, dismistificam a verdadeira realidade do Mundo actual.

Realmente o nosso País apenas está "pintado" de três cores..., falta só saber quem é o "pintor".

Achei interessante o enquadramento político com a arte da pintura como termo de comparação, isto é, os partidos políticos com as cores que o "pintor" usa...

Eu não sei..., mas acho que o "artista" vai fazer uma mistura de cores na paleta e a que mais sobressair na tela é aquela que vai escolher...

Van Gogh também pintava e não tinha uma orelha...



Perantelhana Graciosa