segunda-feira, 1 de junho de 2015

A CRONICA DE OPINIÃO TRANSMITIDA HOJE NA RÁDIO DIANA/FM

                                          Os Eixos Económicos do Bloco

Segunda, 01 Junho 2015
O Bloco de Esquerda apresentou este fim de semana os eixos económicos do seu programa eleitoral.
Assistimos nos últimos anos a um aumento exponencial da dívida pública portuguesa, dívida essa que se acentuou com a chegada da troika e das políticas de austeridade, que supostamente serviriam para a conter.
2014 foi o ano em que Portugal gastou cerca de 8600 milhões de euros em juros de dívida, valor superior ao gasto na saúde e na educação.
A par desta evolução catastrófica, nos últimos 6 anos perderam-se mais de 610.000 empregos, e em cada 10 pessoas empregadas, 9 não estão efectivas. Os cortes nos apoios sociais sucederam-se, e prevê-se que o valor diminua ainda mais em 2015.
O risco de pobreza em Portugal aumentou mais de 10%, estando hoje 1 em cada 4 pessoas em risco de pobreza.
Os exemplos da catástrofe económica são inúmeros, provocados por uma política ao serviço do capital. O Bloco de Esquerda apresenta-se como alternativa, contra a alternância que nos trouxe até aqui. Destaco três medidas:
  1.    Reestruturar a Dívida para libertar recursos para investir na economia, propondo nomeadamente:
    1.     Um período de carência de 3 anos que permita aplicar a actual carga de juros em investimento público e empreender um processo forte de mobilização do investimento privado;
    2.     A redução e indexação das taxas de juro ao crescimento económico;
    3.     A devolução dos lucros obtidos pelo BCE com títulos de dívida portuguesa.

  2.         Uma Reforma Fiscal para garantir justiça na economia que assenta em 5 pilares:
    1.     Combate à evasão e contabilidade criativa;
    2.     Baixar o IVA
    3.     Progressividade e unicidade no IRS (aplicando, por exemplo, uma sobretaxa sobre os dividendos distribuídos a accionistas e uma taxa de 0,3% sobre transações imobiliárias)
    4.      Fim das borlas fiscais no IRC
    5.      Maior progressividade no IMI (garantindo, entre outras medidas, o fim das isenções que beneficiam o Estado, partidos, igrejas ou colégios particulares).
  3.      Uma Banca ao Serviço do País
    1.     Proibindo a penhora de imóveis de habitação permanente;
    2.    Reforçando os direitos das famílias face aos bancos; 
    3.    Aplicando uma taxa de 0.5% sobre os activos não produtivos nos balanços das instituições 
Estes são os Eixos fundamentais, e alguns exemplos, esta é a política ao serviço do trabalho e da economia que o país precisa.
Até para a semana!
Bruno Martins

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