quinta-feira, 14 de maio de 2015

ORELHUDOS do CARAÇAS - Uma rubrica de A.N.B.

                        « A diferença entre a prosa e a poesia está no leitor»
                             Jorge Luís Borges  (Buenos Aires,1985)
i)                     
Contas feitas por alto, levam-nos a listar para o Al tejo uma lista de 15 lugares portugueses propensos ao pecado e a revê-los - se for caso disso  -  no quadro de um novo código de decência toponímica local.
Enquanto tal não for mudado eis os nomes sexy descobertos:
I.
Catraia de Baixo – Belmonte
Colo do Pito – Castro Daire
Entalada – Melgaço
Esfrega – Proença -a- Nova
Fonte da Rata – Espinho
      Grota da Chouriça – Horta
Monte do Coito Grande – Ourique
Rego do Azar –Ponte de Lima
Vale da Rata –Viana do Alentejo
Vergas – Vagos
Geme – Vila Verde
Teso – Oliveira de Azeméis
MARRROCOS – ALANDROAL
Tiracalça –Castelo Branco
A Rainha vai Nua… – Caldas da Rainha

II)
Mudando de assunto, vejamos agora  “Alguns Provérbios e outros nem por Isso” inspirados directamente em Mário Cesariny.
Assim seja.
Vinho no copo – bandeira no topo
Homem pelintra – queijadas de Sintra
Grande caçada – lua encarnada
Mão de três dedos – longos segredos
Gente que berra – marinheiro em terra
Mesa de pinho – carapauzinho
Água a correr – é de endoidecer
Água parada –isso era na antiga parada
Muitos aviões – coçam-se os tufões e os …
Homem roubado – boi, ai jesus, encarnado
Peles de coelho – vícios e passos velhos
Duas Pevides a ler – não pode ser nem continuar

 iii)
E acrescento, eu, a quem me perguntar:
Cristão ou Pagão? – Pagão…pago tudo!
Com língua de IMI e de quê mais? De palmo! Ah seus grandes loureiros ricos e aldrabões…sem ouvidos de gente e ainda sem grades à espera.
E pronto, aqui deixamos terminado este exercício e esta pequena narrativa em três partes de um português, alentejano e alandroalense. Dos muitos que ainda aqui vai havendo e que têm dentro de si  sonhos de um país com maior participação local neste mundo em mudança que está a ser-nos dado viver.
Assim como diria o poeta, “com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada do nada” não vamos lá. Nem caminhamos para parte nenhuma.
Aceitam-se sugestões para que os alandroalenses tenham mais e bastante mais em que pensar e trabalhar?
Paredes sem portas nem janelas é que não! Será apenas mais um balde despejado?
      Melhores saudações
 António Neves Berbem
 (14/5/2015)
  




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