Segunda, 11 Maio 2015
A reunião da
Assembleia Municipal que havia sido interrompida a 30 de Abril, teve a sua
continuação na passada semana. Nesta foi discutida a prestação de contas do
município de Évora relativa a 2014.
Os documentos de prestação de contas de
2014 apresentados espelham um ano pobre em investimentos e pouco activo na luta
contra os instrumentos que asfixiam Évora, os seus munícipes e o poder local.
Foram apresentados
documentos contraditórios que, por um lado, criticam o estrangulamento do poder
local democrático, através da diminuição das transferências estatais e das
imposições previstas no PAEL, mas que por outro, página após página, retiram
activos dessas imposições e da maximização de todos os impostos e taxas pagos
por todos nós.
Tal como, e como está
escrito no relatório de gestão apresentado, “o memorando da troika assume o
empobrecimento dos portugueses”, também o PAEL assume a mesma lógica, pelo que
apenas uma luta firme e incansável se pode exigir à esquerda, e nunca a
congratulação com os valores de receita que apenas foram possíveis com o
sacrifício dos munícipes.
Foi um ano pobre em
acção, e os documentos assim o demonstram. Ainda que o executivo tenha tentado
tirar partido ao máximo das acções desenvolvidas pelos diversos agentes do
concelho nas mais diferentes áreas.
Estamos perante a
prestação de contas do PAEL, um saldo negativo de mais de 7 milhões de euros,
um elevado peso dos empréstimos nas despesas e dos impostos nas receitas, e a
verdade que até é assumido que o peso dos investimentos na despesas diminui
face ao ano anterior, que já havia sido desastroso (de 9% para 8%).
Espero que no futuro
os valores e palavras sejam transformadas em acção, caso contrário, teremos
anos penosos pela frente.
Até para a semana.
Bruno Martins
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