Mote
Avizinha-se a liberdade
Põe-se a mesa sobre Abril
Com modas de igualdade
À volta de canções mil
I
Abril com nuvens e sois
Pano de fundo o Alentejo
Essa paisagem que almejo
Com cilarcas e caracóis
Canto de grilos e rouxinóis
Relembrando a amizade
Com anciões e mocidade
Entre desejos da natureza
Põe-se um mote sobre mesa
Avizinha-se a liberdade.
II
Com poesias e canções
Vejo o templo de Diana
Diz-se que era uma romana
Inundando corações
Chego ao jardim dos pavões
O tempo é primaveril
Ao meio dia e um quartil
Temperada de pão e cheiros
Com açordas nos roteiros
Põe-se a mesa sobre Abril.
III
Para o direito preservar
A paz, liberdade e pão
Trata bem o teu irmão
Mas para isso se afirmar
Tens que primeiro conquistar
Tua paz e serenidade
Amares-te a ti de verdade
E sem opressões nem censura
Deu-se o fim da ditadura
Com modas de igualdade.
IV
Vamos então dar a mão
Sem inveja nem vaidade
E sempre com humildade
E com grande animação
Pegar num acordeão
Gritar alto e com funil
Tocar em potes e barril
Com a banda a animar
Grupos modas a tocar
À volta de canções mil
Vítor Pisco
21/04/2015
Outros tempos de fartura
No Alentejo ao sol deitado
Abril ainda perdura?
I
Tanta gente a padecer
E laivos de corrupção
Sem ninguém crer dar a mão
E nem o braço a torcer
Ainda estou para perceber
Como é que eu fui criado
Tentando ser educado
Por professores, pais e avós
E agora parecemos sós
Tanto campo abandonado
II
Nas aldeias as escolas
Eram uma animação
Brincadeira até mais não
As crianças com sacolas
Levavam fisgas e bolas
Foi assim noutra altura
A seguir à ditadura
Com a mesa sempre cheia
Nos serões lá na aldeia
Outros tempos de fartura
III
Com tanta contradição
Dá-me também para pensar
Onde o País vai parar
Com défice na educação
Na era da computação
Com o País mal tratado
Tendo as escolas fechado
Vendo professores, mães e pais
Desigualdade que tais
No Alentejo ao sol deitado
VI
Fez-se uma revolução
Para poder reivindicar
E também para conquistar
Liberdade de expressão
Direito à paz e ao pão
Onde pára a agricultura?
Embora já sem a censura
Mas e as desigualdades?
Por essas localidades
Abril ainda perdura?
Vítor Pisco
21/04/2015
E TAMBEM DE MM
25 de Abril sempre
I
Liberdade e igualdade
Pelo povo são estimadas
Vamos todos sem vaidade
Dar as mãos nas caminhadas
II
Alentejo tem povo bom
Pelos cravos vai lutar
Contra a vontade de algum
Abril vai perdurar
III
Abril sempre perdura
Construindo a liberdade
Agora com menos fartura
E muitos com mais idade
IV
Eles lá os governantes
Alguns não viram Abril
Eles são fracos andantes
Nem bebem pelo cantil
V
Só sabem fazer jornadas
Nos carros que o povo paga
E também as jantaradas
Onde comem boa baga
VI
Nos por cá os governados
Vamos sempre trabalhando
Vamos colhendo os cravos
E Abril conquistando
VII
Vamos todos cantar Abril
Que a cantiga é uma arma
Cantiga que vale por mil
E um povo que não desarma
MM
E TAMBEM DE MM
25 de Abril sempre
I
Liberdade e igualdade
Pelo povo são estimadas
Vamos todos sem vaidade
Dar as mãos nas caminhadas
II
Alentejo tem povo bom
Pelos cravos vai lutar
Contra a vontade de algum
Abril vai perdurar
III
Abril sempre perdura
Construindo a liberdade
Agora com menos fartura
E muitos com mais idade
IV
Eles lá os governantes
Alguns não viram Abril
Eles são fracos andantes
Nem bebem pelo cantil
V
Só sabem fazer jornadas
Nos carros que o povo paga
E também as jantaradas
Onde comem boa baga
VI
Nos por cá os governados
Vamos sempre trabalhando
Vamos colhendo os cravos
E Abril conquistando
VII
Vamos todos cantar Abril
Que a cantiga é uma arma
Cantiga que vale por mil
E um povo que não desarma
MM
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25 de Abril sempre
I
Liberdade e igualdade
Pelo povo são estimadas
Vamos todos sem vaidade
Dar as mãos nas caminhadas
II
Alentejo tem povo bom
Pelos cravos vai lutar
Contra a vontade de algum
Abril vai perdurar
III
Abril sempre perdura
Construindo a liberdade
Agora com menos fartura
E muitos com mais idade
IV
Eles lá os governantes
Alguns não viram Abril
Eles são fracos andantes
Nem bebem pelo cantil
V
Só sabem fazer jornadas
Nos carros que o povo paga
E também as jantaradas
Onde comem boa baga
VI
Nos por cá os governados
Vamos sempre trabalhando
Vamos colhendo os cravos
E Abril conquistando
VII
Vamos todos cantar Abril
Que a cantiga é uma arma
Cantiga que vale por mil
E um povo que não desarma
MM
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