Quarta, 01 Abril 2015
As boas notícias que
tivemos nas últimas semanas sobre o comportamento positivo da economia, com as
previsões para o crescimento do produto interno bruto a ficarem acima das
previsões do governo.
Tendo, aliás, os juros da dívida e a
confiança dos consumidores comportamentos favoráveis e positivos, criaram um
clima de esperança. Penso que, até, generalizado. No entanto, a subida do
desemprego em termos absolutos para o valor de 14,1%, significa que ainda há
aspectos que têm de ser acautelados e outros efetivamente implementados.
Na verdade, o
desemprego é um dos principais problemas com que uma comunidade pode ser
confrontada, se não for mesmo o principal e ganhará foros de grande preocupação
quando afeta também os jovens e no nosso caso com valores demasiados
preocupantes, acima dos 30%. Não sendo economista, todavia, mesmo assim,
poderei referir que as medidas para a criação de emprego deverão ser
reforçadas, sobretudo as direccionadas para os jovens.
Não ignoro, porém, que
muitas medidas têm vindo a ser implementadas pelas autoridades públicas ao
nível das políticas activas de emprego direccionadas para os primeiros empregos
e estágios profissionais. Mas fica a pergunta: são suficientes e estão a ter
resultados positivos.
Não obstante, o
comportamento da economia portuguesa apresentar uma trajectória crescente, e,
aparentemente, sustentada, podemos afirmar que não é o suficiente para que o
emprego aumente no sentido de absorver um número significativo de
desempregados. Como atrás o referi, o certo é que o desemprego na camada mais
jovem da população, é preocupante e, porventura, careça de medidas
absolutamente extraordinárias.
Deste modo, as
instituições europeias da área social e do emprego, conjuntamente com as
autoridades portuguesas e respectivos empresários, terão de encontrar uma saída
urgente para este flagelo. Caso contrário, teremos os jovens a procurar fora do
país as oportunidades profissionais que o seu próprio país, não lhes oferece.
Ora, pode bem isto
significar, que, existe a séria probabilidade, de ficarmos sem os melhores e os
mais capazes compatriotas. E, em vez de estarem a contribuir para o sucesso e o
desenvolvimento do nosso país, estarão a contribuir para países que concorrem
diretamente com o nosso. Por isso, impende sobre todos nós a responsabilidade
de atenuarmos esta situação, a bem do futuro de todos.
José Policarpo
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