Sexta, 10 Abril 2015
Portugal é um país
europeu. Não só fazemos parte do espaço europeu como contribuímos para o
construir e para seu o crescimento.
Neste ano de 2015 completam-se 30 anos
sobre a assinatura do Tratado de Adesão de Portugal à Comunidade Europeia.
Na maioria das vezes
somos nós próprios a diminuir a nossa importância na UE.
Embora sejamos um país
de média dimensão na UE, o português é a terceira língua europeia mais falada
no mundo, o que, per si, permite que Portugal assuma uma maior importância no
contexto europeu.
É que num mundo cada
vez mais globalizado e em que as fronteiras nalguns casos relevam apenas para
limitar espaços territoriais dos países, o domínio de uma língua com a
importância da portuguesa facilita a circulação de pessoas e, consequentemente,
cria condições especiais para o desenvolvimento económico de uma comunidade
como a lusófona, composta por nove países em vários contextos regionais, onde
Portugal ocupa uma importância estratégica.
Portugal apresenta
hoje alguns indicadores que estão em linha com a média de indicadores europeus,
considerando a UE 28.
Ainda assim existem
muitos deles em que Portugal terá que fazer um (enorme) esforço para se
colocar, pelo menos, na média dos indicadores europeus. Estamos falando de
indicadores de educação (taxa de abandono escolar, em aumentar para, pelo
menos, 40% a percentagem da população na faixa etária dos 30-34 anos que possui
um diploma do ensino superior, no aumento da percentagem do PIB em Investigação
e Desenvolvimento), sociais (taxa de desemprego, redução de pessoas em situação
de pobreza ou de exclusão social), e outros, nos quais o Eurostat coloca
Portugal em posições bastante desfavoráveis no ranking da UE 28.
Contudo as assimetrias
internas continuam a mostrar grandes desequilíbrios no país, e a eliminação das
assimetrias regionais é uma condição primordial para um pais mais equilibrado
e, desde logo, mais justo.
Numa altura em que se
inicia mais um ciclo de aplicação de fundos comunitários é fundamental que
estes sejam dedicados à eliminação das assimetrias regionais, já que elas
continuam a persistir, pese embora já estejamos na execução do 5º quadro
comunitário de apoio.
Tal como é fundamental
que se atinjam as metas da Estratégia 2020 definidas para o emprego,
investigação, educação, redução da pobreza e clima e energia.
É tempo de nos
preocuparmos com a sustentabilidade dos investimentos, e deixarmos de ser
filósofos acreditando que nada será um problema. Para tudo haverá sempre um
custo e alguém o terá que suportar.
As decisões de hoje
terão um efeito no futuro e, muitas delas, será uma outra geração que
beneficiará delas, ou não.
Até para a semana
Rui Mendes
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