Segunda, 16 Fevereiro 2015 10:36
A semana passada foi
histórica: pela primeira vez os interesses de Portugal foram defendidos no
Conselho Europeu.
Pena não terem sido pelo
primeiro-ministro de Portugal, mas antes pelo da Grécia. De facto, só quem
sofre de um imenso fanatismo ideológico não vê, ou não quer ver, que qualquer
avanço da Grécia nas negociações com o FMI, Banco Central Europeu e Comissão
Europeia iria beneficiar Portugal.
Passos Coelho fez o
esperado: volta a ajoelhar-se perante a Alemanha e os credores abutres. Ele
sabe, melhor do que ninguém, que ao aliar-se à Grécia iria dar uma força imensa
à política anti-austeridade, algo que não lhe convém. A política do aluno
certinho perante os credores sempre foi a desculpa perfeita para aplicar a
política que está na base dos seus valores: desvalorizar o valor do trabalho,
aumentar o fosso entre os mais ricos e os mais pobres, privatizar os sectores
estratégicos do Estado, destruir o Estado Social e beneficiar as grandes
empresas e empresários.
Cavaco depressa vem em
socorro do Governo, lembrando que Portugal também é credor da Grécia. Uma
atitude ridícula, de quem quer governar um povo de joelhos e sem esperança.
Cavaco nunca foi o Presidente dos portugueses, sempre foi o padrinho do
Governo, um ser indigno que se ajoelha perante aqueles que considera mais fortes,
e que faz peito àqueles que considera mais fracos. Quer passar a imagem de que
o Governo é um aluno certinho, e que o Governo Grego é o aluno mal-comportado.
O problema é que nesta metáfora o avaliador é a usura…
Mas, sim, há quem
combata a política austeritária e defenda os portugueses… Obrigado Tsipras!
Até para a semana.
Bruno Martins
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