domingo, 21 de dezembro de 2014

PARA QUÊ ESPERAR PELO DIA 25

                                     NATAL É QUANDO UM HOMEM QUISER



Tu que dormes à noite na calçada do relento,
Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento;
Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento,
És meu irmão, amigo, és meu irmão!

E tu que dormes só no pesadelo do ciúme,
Numa cama de raiva com lençóis feitos de lume;
E sofres o Natal da solidão sem um queixume,
És meu irmão, amigo, és meu irmão!

Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser.
Natal é em Setembro,
É quando um homem quiser.
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer,
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher.

Tu que inventas ternura e brinquedos para dar;
Tu que inventas bonecas e comboios de luar,
E mentes ao teu filho por não os poderes comprar,
És meu irmão, amigo, és meu irmão!

E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei,
Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei,
Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei,
És meu irmão, amigo, és meu irmão!

Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser.
Natal é em Setembro,
É quando um homem quiser.
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer,
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher.

Tu que inventas ternura e brinquedos para dar;
Tu que inventas bonecas e comboios de luar,
E mentes ao teu filho por não os poderes comprar,
És meu irmão, amigo, és meu irmão!

E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei,
Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei,
Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei,
És meu irmão, amigo, és meu irmão!

És meu irmão, amigo, és meu irmão!

1 comentário:

Anónimo disse...

LINDO POEMA DE ARY DOS SANTOS.