sexta-feira, 25 de julho de 2014

AINDA A PROPÓSITO DO CONCURSO DE POESIA LEVADO A EFEITO QUANDO DA 5ª MOSTRA DO PEIXE DO RIO.

O mensário folha de Montemor, referente ao presente mãe de Julho 2014 inclui na sua rubrica dedicada aos “Poetas do Almansor”, o poema submetido a concurso da autoria de José António Salgueiro, quando referido concurso.
Dado o mesmo não ter sido considerado até ao 6º lugar, os que tiveram realce no site da C.M.A., aqui lho deixo, para vosso conhecimento e apreciação.

Caldeta de peixe do rio
Na 5ª mostra do Alandroal
Feita por gente com brio
Não encontra outra igual.

Quando eu era pescador
Em tempos que já lá vão
Pescava à rede e à mão
Nas águas do Almansor
Sô quando havia calor
E antes do tempo frio
Durante meses a fio
A minha mãe cozinhava
E muitas vezes nos dava
Caldeta de peixe do rio.

Só gente com cotação
E da mais alta cultura
Trabalha com desenvoltura
Nesta linda povoação
Que entra na coleção
Das jóias de Portugal
E para todos em geral
Que possam comparecer
É só chegar e comer
Na 5ª mostra do Alandroal.

O peixe é como o pão
Dádiva da natureza
Se falta à nossa mesa
Nos causa dor e paixão
Por capricho, ou tradição
É do que mais aprecio
O como sempre sem fastio
E, sopa bem cozinhada
Grelhado ou de caldeirada
Feita por gente com brio.

Neste mundo tão doente
À beira de naufragar
Há pessoas q´a trabalhar
Se aplicam honradamente
É o caso daquela gente
Que vive no Alandroal
Norte a Sul de Portugal
Na sua totalidade
Nos campos ou mesmo na cidade
Não encontro outra igual.

José António Salgueiro

Montemor-o-Novo

3 comentários:

Anónimo disse...

Estão furadas as décimas com as palavras Alandroal e Portugal que se repetem na rima. Deve ser emendado o penúltimo verso da 4ª glosa- "Nos campos ou mesmo na cidade" deve constar no penúltimo verso. No último verso da 4ª glosa substituir "encontro" por encontra. Calculo que as duas emendas a que faço referência foram lapso do administrador.

Obrigado

francisco tátá disse...

Tem razão.
Quando se copia por vezes sucedem estas coisas.
Obrigado pela sua atenção.
Chico Manuel

Anónimo disse...

Não tem de quê, senhor Francisco. Aproveito para esclarecer que fiz referência às décimas furadas de forma construtiva. As décimas têm normas na sua construção , e por isso nunca é demais desejar que todos os poetas as escrevam correctamente. Furos à parte, as décimas estão bonitas. Parabéns ao amigo poeta de Montemor.

Poeta alandroalense