Pensamentos e realidades II
A Terena, à Boa Nova, ao Lucefécit
Campos verdes, verde campos
Lucefécit, colorida
Terena do meu encanto
Boa Nova, santa querida
O Lucefécit é beleza
É ribeira sem igual
Oferta da Natureza
Às terras do Alandroal
O teu Castelo altaneiro
Baluarte do Guadiana
Outrora sempre o primeiro
Na defesa alentejana
Em frente tem a Matriz
Pela rua Direita ligado
E aqui Terena me diz
Da história, o seu passado
A Ponte é um vestígio
Via, romanização
Terena é um prestígio
Da nossa civilização
Terena tu és encanto
Cheio de arte e magia
Poema deste meu canto
Que canto, de noite e dia.
Menina, é concerteza
Para ti, a minha trova
Tão antiga na beleza
Senhora da Boa Nova
Assim passo a minha vida
Cantando a tua grandeza
Para mim és a mais querida
A Santa mais portuguesa.
Com dedicatória
Neste livro improvisado
Fruto duma só cantiga
No caminho do meu fado
Encontrei a minha amiga
O destino é como a sorte
Um correr atrás da esperança
Que seguimos de nascença
E nos leva até à morte.
Com ironia
Vivo no mundo da Lua
Qualquer poeta lá vive
Ter uma rima como a tua
Que o diabo e Deus me livre
Acaba aqui o meu canto
Que para isso não estou
Fica lá com o teu pranto
Outra resposta não dou.
Anos
Fazer anos? já não quero
Minh’alma não aguenta
Nesse dia desespero
Dei a curva dos sessenta
Anos, anos qu’embaraço
È hoje qu’os vou fazer
Quantos mais anos eu faço
Menos tenho para viver
Fazer anos qu’aborrecido
Vêm uns atrás dos outros
Para mim não faz sentido
Ir assim morrendo aos poucos
Façam festas, comam bolo
Parabéns e divinais
Mas não me tomem por tolo
Anos? Não faço mais.
Saudade - Tempo de escola e Colégio
Do canto em união
Sem guitarra e sem solfejo
Que recordo e já não vejo
Minha eterna gratidão.
Esta saudade que tenho
E guardo no meu peito
Dentro de mim mantenho
Do Colégio, a graça e o jeito.
Hélder Salgado
20-02-2010
6 comentários:
Passando férias com frequência no Alandroal, não me admira nada que quando houver alterações na organização geográfica e administrativa do território o concelho do Alandroal seja dos primeiros a ser “engolido” por outro concelho limítrofe. As gentes do Alandroal terão aquilo que merecem, na sua maioria e tirando raras excepções, não passas de pessoas ignorantes, incultas, amorfas, autênticos inúteis da sociedade que somente vivem da intriga e maledicência.
Enfim, um dia vão colher aquilo que semearam
Uma veraneante amante do Alentejo
Srª veraneante amante do Alentejo:
é uma opinião da sua parte (pena ter medo e abrigar-se na capa do anonimato) como tal tem toda a razão de aqui figurar (mais que não seja para os visados lhe poderem dar a resposta devida).
Eu por mim não concordo e parece-me que as excepções não são tão raras como isso.
Chico Manuel
Boa tarde a todos os Alandroalenses e Alentejanos;
Em primeiro lugar, venho enaltecer as Quadras do Sr. Hélder Salgado, sem dúvida uma mais valia a este blogue.
Em segundo lugar, e utilizando as palavras da primeira comentarista e passo a citar: "...na sua maioria e tirando raras excepções, não passas de pessoas ignorantes, incultas, amorfas, autênticos inúteis da sociedade que somente vivem da intriga e maledicência",.
Ora não posso deixar de fazer uma observação..."NÃO PASSAS"???bom…com toda a certeza o indivíduo em questão terá graves falhas de semântica e sintaxe, ou então não sabe a diferença entre o singular e o plural.
Perante tal vulgaridade evidenciada,dá-me a ideia que não será uma veraneante,mas sim uma nómada, sem destino nem propósito,e com objectivos de vida muito mal delineados e definidos...uma pessoa recalcada.
Mais espécie me faz,que tal pessoa ao ao auto-intitular-se como veraneante,e falando tão mal de uma terra tão linda e rica em matéria humana e hospitalidade,continue a passar férias no nosso ALANDROAL.
Tal comentarista faz-nos levantar algumas questões pertinentes?
1- 1-Se o Alandroal é tão mau, e povoado por tão má gente,porque razão continua a passar as férias na nossa "Terra"?
2- 2-Se as pessoas do Alandroal,que diz serem tão amorfas,inúteis,incultas,ignorantes,entre outros impropérios,porque motivo continua a falar com elas,a deixar-se ser servido por elas,a beber o vinho feito por elas,e a banquetear-se com as verdadeiras iguarias que as mesmas cozinham?
3- 3- Qual a razão de tanto ódio,raiva,desnorte,falta de respeito, e acima de tudo ….tanta má educação?
Para estas perguntas,existem respostas adequadas...a comentarista,ou teve muito azar e apenas lidou com as raríssimas excepções á regra,ou é mais uma pessoa das que com muita frequência… fala á noite com os candeeiros.
O vinho, esse sim é o néctar dos Deuses…não o vinagre.E acredito que o efeito do 2,seja bem mais nefasto que o do 1...pelo efeito causado e a calcular pelas palavras proferidas….
Assim, e com toda a sinceridade e frontalidae deixo-lhe aqui dois conselhos:
1- Coma mais açorda e Migas, e menos Landes e travia…
2- O mapa de Portugal não acaba nesta bela Vila, que se denomina ALANDROAL, venha de baixo ou venha de cima, não interessa a origem, quando avistar a placa de tão bela terra, não vire, siga em frente.Pois tão linda localidade não merece ser “veraneada” por tão “importante,ilustre,,exigente e exemplo de pessoa “para a nosso querido ALANDROAL.
3-A esta terra “…SÓ É BEM VINDO…QUEM VIER POR BEM…”já o dizia o saudoso José Afonso, se porventura V.Exª souber quem foi tão IMPORTANTE PESSOA.
Hélio Gomes
O Helder, sempre esforçado, enaltecendo a sua Terena.
Gosto da atitude.
Helder, não sei como agradecer-te estes versos tão lindos com que nos presenteias,com estes teus trabalhos, desmentes na integra a opinião do primeiro comentário acima exposto,quanto a mim fora de contexto,altamente demonstrativo da falta de educação e cultura da pessoa que o fez!!!
Quando vieres ao Alandroal diz qualquer coisa, pois já que mais não seja, gostaria de dar-te aquele abraço, por tudo aquilo que fazes, por todos nós...
Um abraço,
HOMERO
Tempo de Escola e Colégio
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"Dentro de mim mantenho
Do Colégio, a graça e o jeito".
Sem qualquer intenção discriminatória (nunca) todos aqueles que pudemos passar pelo Externato Diogo Lopes de Sequeira, mais cedo uns outros mais tarde, ficamos envolvidos por uma inegável auréola de "graça" (pela interna e externa convivência) e de "jeito" (pelo jeito que nos deu para a construção do futuro próximo de todos)e, indesmentívelmente, pelos laços de amizade e de proximidade criados de acordo com os "anos" de ingresso de cada um de nós naquela estrutura de ensino.
Assim foi e que BEM versejastes.
A tua Terena patrimonial. Não, nunca a poderás esquecer. Assim o manifestaste de forma culta e sentida.
Como sabes, há no Alandroal quem muito goste de Terena e que, pelo menos pelos "Prazeres", lá marca presença.
Parabéns. Continua. Não desistas.
Abraços para todos
Tói da Dadinha
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